SÃO PAULO - A dez dias do fim de janeiro, os órgãos gestores do Sistema Cantareira definiram nesta quarta-feira, 21, o volume máximo que pode ser retirado do manancial neste mês para abastecer cerca de 12 milhões de pessoas na Grande São Paulo e na região de Campinas e ainda cobraram da Sabesp “planos de ações e intervenções para o enfrentamento da continuidade da crise”, que já dura um ano.
Em comunicado, a Agência Nacional de Águas (ANA), do governo federal, e o Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo (DAEE) definiram que o déficit do Cantareira em janeiro não pode ser superior a 22,9 bilhões de litros. Isso significa que o manancial só pode perder mais 7,8 bilhões de litros até o fim do mês, ou 0,8 ponto porcentual da capacidade.
Na prática, a meta imposta já reproduz o cenário atual do sistema com as retiradas feitas pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Assim, o manancial deve fechar janeiro com 4,7% da capacidade, incluindo as duas cotas do volume morto. Para o interior, a retirada está limitada a 2,5 mil litros por segundo. A média atual é de 1,9 mil litros.
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