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Apagão na Grande São Paulo chega a 3° dia com 900 mil imóveis sem luz

Temporal que atingiu a região metropolitana na noite de sexta-feira, 11, deixou diversos bairros de São Paulo sem luz; Enel não tem previsão de quando o abastecimento será restabelecido

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Foto do author Priscila Mengue
Atualização:

O apagão que atinge diferentes municípios da Grande São Paulo desde o temporal de sexta-feira, 11, chegou ao terceiro dia neste domingo, 13, com 900 mil imóveis ainda sem energia. Até o momento, a Enel não divulgou um prazo oficial para a normalização do fornecimento na capital paulista e em outras cidades da região metropolitana, como São Bernardo do Campo, Santo André, Taboão da Serra, São Caetano do Sul e Cotia, dentre outras. Ao todo, são mais de 36 horas sem luz.

Em balanço divulgado por volta das 8h30 deste domingo, a concessionária aponta ter normalizado o fornecimento em 1,2 milhão dos cerca de 2,1 milhões de imóveis afetados pelo apagão. As cidades mais afetadas neste momento são:

  • São Paulo (552 mil imóveis sem energia);
  • São Bernardo do Campo (60,4 mil imóveis sem energia);
  • Cotia (59 mil imóveis sem energia):
  • Taboão da Serra (55,5 mil imóveis sem energia).

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Em nota, a Enel reiterou que, em alguns locais, será necessário reconstruir trechos inteiros da rede. “A companhia está atuando com cerca de 1,6 mil técnicos em campo e trabalhando para mobilizar no total cerca de 2,5 mil profissionais. Esse contingente está sendo ampliado com a mobilização de equipes adicionais, além da chegada de técnicos do Rio, do Ceará e de outras distribuidoras”, apontou.

Na capital, o apagão atingiu todas as regiões. Entre moradores, há relatos de continuidade falta de energia em diversos bairros, como Interlagos, Santo Amaro, Vila das Mercês, Panamby, Jabaquara, Campo Limpo, Chácara Santo Antônio, Cidade Ademar, Cupecê e Americanópolis, na zona sul, e Alto da Lapa e Pinheiros, na oeste, e Mooca, na leste.

Em novembro do ano passado, alguns locais ficaram sem energia por até uma semana. Com a falta de luz, moradores e comerciantes têm relatado problemas e prejuízos. Também há dificuldade para a fluidez do trânsito em trechos da cidade, onde o apagão deixou semáforos inoperantes.

Além disso, há diversas árvores que precisam ser removidas de vias e espaços públicos e privados. Segundo a Prefeitura, a UPA Santo Amaro e mais estabelecimentos essenciais estão funcionando com geradores.

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Carro atingido por árvore no distrito Lapa, na zona oeste de São Paulo Foto: Werther Santana/Estadão - 12/10/2024

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura, não há previsão de chuva para este domingo.

No sábado, espaços culturais tiveram de cancelar apresentações por causa da falta de energia. O Theatro São Pedro, no entorno da Barra Funda, no centro expandido, informou que precisaria passar por uma manutenção antes do retorno da programação de espetáculos.

Em Pinheiros, na zona oeste, estabelecimentos que abrem à noite também não tiveram funcionamento normalizado, como o Ó do Borogodó, que cancelou uma apresentação em homenagem a Cartola por causa da falta de energia.

No sábado, a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) anunciou que vai acionar judicialmente a Enel, a fim de responsabilizá-la por prejuízos causados ao setor por causa do apagão. A entidade diz representar mais de 502 mil estabelecimentos, dos quais cerca de metade em regiões afetadas.

A organização também lembrou que o apagão de novembro do ano passado teria causado um prejuízo de cerca de R$ 500 milhões. “A medida legal é necessária, tendo em vista os danos milionários causados aos estabelecimentos gastronômicos”, apontou em comunicado.

Veja relatos de moradores nas redes sociais abaixo:

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