Os metroviários de São Paulo decidiram aceitar as propostas apresentadas pelo governo do Estado e pelo Metrô e não vão paralisar as atividades na próxima quarta-feira, 12 de junho, conforme cogitado pela categoria.
A decisão foi divulgada na noite desta quinta-feira, 6, após votação realizada entre os servidores, na qual 72,3% dos funcionários decidiram acatar os ganhos da negociação e sair da campanha salarial.
Na noite da última quarta, 5, os trabalhadores do Metrô se reuniram em assembleia convocada pelo sindicato dos metroviários para debater uma série de propostas apresentadas pela empresa frente às reivindicações da categoria, que estava em campanha salarial.
Entre as pautas dos funcionários da companhia, o governo se propôs a pagar estepes horizontais (níveis salariais progressivos) retroativos de março que estavam atrasados; pagar os estepes verticais para os técnicos de nível I; além de efetivar a promoção dos funcionários que passaram em concursos internos, mas que ainda não tinham sido promovidos.
Além disso, outra demanda que foi atendida, segundo o sindicato, foi o pagamento de R$ 3 mil correspondente a metas batidas - chamada de PR (participação de resultados) pelos metroviários -, que serão transferidos na forma de abono salarial.
O Metrô também se comprometeu a abonar horas de trabalho dos servidores utilizadas para consultas médicas (com exceção de fisioterapia e psicologia); criar um grupo de amparo a pais e responsáveis de filhos identificados com Transtorno do Espectro Autista, e se reunir com o sindicato dos seguranças do Metrô, que alegam acúmulo de função sem aumento salarial.
A maioria dos membros da diretoria declarou que as melhorias deveriam ser aceitas, mas parte dos funcionários foi contra o posicionamento da diretoria.
Eles defendiam que as principais reivindicações dos trabalhadores, como reajuste salarial de 3,68% - o Metrô oferece reajuste de 2,77% - e abertura de concurso para a contratação de mais funcionários, não foram acatadas.
Acabou de encerrar a assembleia dos metroviários e metroviárias de São Paulo e a categoria decidiu aceitar a proposta do Metrô e encerrar a campanha salarial.
Diante do impasse, foi aberta votação para decidir se mantinham as negociações com indicativo de greve para o próximo dia 12, ou se acatavam o que foi oferecido pelo governo, dando fim as negociações e suspendendo a possibilidade de paralisação do transporte nos próximos dias.
“Nossa categoria decidiu isso porque considerou que houve avanços na proposta, principalmente em relação ao programa de participação dos resultados e também as progressões salariais”, disse Camila Lisboa, presidente do sindicato.
“(A categoria) Também entende que houve limites na proposta, principalmente em relação à abertura de concurso público pra atender melhor a população de São Paulo, com mais qualidade e com mais segurança”, completou a sindicalista.
Com o recuo da categoria e o não avanço da greve, as linhas 1-Azul, 2,-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata do Metrô devem operar normalmente.
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