Greve de ônibus em SP: motoristas decidem suspender paralisação após reunião na Justiça

Categoria fez assembleia com os demais funcionários na manhã desta quinta-feira para votar a decisão

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Foto do author Caio Possati
Atualização:

Motoristas de ônibus de São Paulo decidiram suspender a greve prevista para esta sexta-feira, 7, após assembleia na sede do SindMotoristas, entidade que representa a categoria (motoristas, cobradores e demais funcionários do setor de manutenção e fiscalização), na manhã desta quinta-feira, 6.

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A diretoria do sindicato já havia decidido pela suspensão da paralisação na quarta, 5, após audiência de conciliação na Justiça do Trabalho com o sindicato da categoria patronal, o SPurbanuss.

Depois disso, o sindicato havia orientado os trabalhadores a votarem pela suspensão da greve até dia 30 de junho. A decisão foi levada nesta quinta para a assembleia geral com os funcionários, que optaram, em votação unânime, por acompanhar a decisão da diretoria, mantendo as operações funcionando normalmente nesta sexta.

Sindicato de trabalhadores das empresas que operam o serviço de transporte de ônibus na capital suspenderam a greve de sexta-feira Foto: Werther Santana/Estadão

De acordo com Nailton Francisco de Souza, diretor do SindMotoristas, a categoria, que está em campanha salarial, ainda deve manter estado de greve até 30 de junho, data definida como prazo para as negociações salariais com as empresas de ônibus.

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Ao longo do período, os trabalhadores, que estão em campanha salarial, preveem continuar fazendo mobilizações enquanto as negociações transcorrem.

Ainda segundo o sindicalista, as partes concordaram que as negociações terão, agora, a participação do Tribunal de Contas do Município (TCM).

As entidades aprovaram também a decisão de criar um corpo técnico para fiscalizar os contratos firmados pelas concessionárias com a Prefeitura de São Paulo. Além de membros das entidades sindicais, trabalhista e patronal, devem compor a comissão também representantes do Ministério Público do Trabalho e da SPTrans.

As entidades aprovaram também a decisão de criar um corpo técnico para fiscalizar os contratos firmados pelas concessionárias com a Prefeitura de São Paulo. Além de membros das entidades sindicais, devem compor a comissão representantes do Ministério Público do Trabalho e da SPTrans.

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A audiência de conciliação aconteceu no Tribunal Regional do Trabalho da 2.ª Região, na Consolação (Centro), e foi convocado pelo desembargador Davi Furtado Meirelles depois que a Prefeitura de São Paulo, via SPTrans e Procuradoria Geral do Município, que entrou na Justiça nesta semana para frear o movimento dos grevistas.

A administração exigia que a frota dos ônibus funcionasse com 100% dos veículos nos horários de pico (das 6h às 9h e das 16h às 19h) e com 80% nos demais períodos do dia. Representantes do SindMotoristas afirmavam que topavam colocar toda a frota para funcionar se a Prefeitura concordasse em conceder tarifa zero aos passageiros na sexta-feira.

Entre as reivindicações das chamadas pautas econômicas, o sindicato pede um reajuste salarial de 3,69% calculado pelo IPCA-IBGE, e mais 5% de aumento real dos vencimentos. Os sindicalistas alegam, no entanto, que os patrões propuseram uma correção de 2,77%, e composição da diferença pelo Salariômetro (índice medido pela Fipe), uma sugestão que já havia sido rejeitada pela categoria em assembleia no mês de setembro.

Os trabalhadores pedem também a reposição das perdas salariais na pandemia na ordem de 2,46%, - conforme cálculo do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) - e que ainda não foram corrigidas, além de melhorias sobre a carga horária, Plano de Saúde e Vale Alimentação.

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A greve paralisaria cerca de 60 mil funcionários, entre motoristas, cobradores e operadores do setor de manutenção e fiscalização de todas as concessionárias que prestam o serviço de transporte na capital. A previsão é de que o funcionamento de todas as linhas de ônibus estruturais e regionais (micro-ônibus) sigam normalmente.

ro ante este período, os trabalhadores, que estão em campanha salarial, prevêem continuar fazendo mobilizações enquant ocorrem as negociações e concessionárias e a greve poderia afetar um contingente estimado de 4,3 milhões de pessoas que usam o transporte diariamente. O prefeito Ricardo Nunes (MDB) chegou a dizer em até 7 milhões de passageiros que poderiam ser prejudicados.

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