O guarda civil municipal de Osasco Henrique Marival de Souza, de 46 anos, foi transferido para o presídio Dr. José Augusto César Salgado, conhecido como Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo, nesta quarta-feira, 8. Ele está preso desde segunda-feira, 6, quando matou a tiros o secretário adjunto de Segurança e Controle Urbano de Osasco, Adilson Custódio Moreira, de 53 anos, dentro da sede da prefeitura, na região metropolitana.
O presídio de Tremembé é conhecido por ter recebido presos em casos de grande repercussão nacional, como o ex-jogador Robinho, Alexandre Nardoni, Gil Rugai, Cristian Cravinhos, Lindemberg Alves, Fernando Sastre, Thiago Brennand, Suzane von Richthofen, Elize Matsunaga e Anna Carolina Jatobá.
Souza chegou à penitenciária por volta das 13h50, segundo a Secretaria da Administração Penitenciária de São Paulo. Por padrão, deve permanecer isolado no início, por período que pode chegar a 20 dias. Nesse intervalo, até o banho de sol é isolado dos demais presos. Depois, será acomodado em uma cela comum e integrado às atividades coletivas.
O guarda civil foi preso em flagrante após negociação com o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) da Polícia Militar. Ele está em prisão preventiva desde terça-feira, 7, até o desenrolar do processo.
Conforme a Polícia Militar de São Paulo, ao menos oito tiros foram disparados no local. A defesa não se manifestou. O guarda teria sido informado de que sairia de uma função administrativa para o patrulhamento nas ruas.
O autor dos disparos chegou a montar barricadas. O prédio da administração municipal foi interditado durante a negociação, como detalhou o Estadão em reportagem. O secretário adjunto foi sepultado na terça-feira.
Funcionário público há mais de 25 anos e ex-guarda-civil municipal, Moreira estava na gestão municipal havia oito anos. Foi secretário de Segurança e Controle Urbano de Osasco, entre 2018 e 2019. Seguiu na pasta como secretário adjunto e foi mantido no cargo pela atual administração, de Gerson Pessoa (Podemos).
Construída em 1948, a cadeia de Tremembé foi reformada em 2000, após ser parcialmente destruída durante uma rebelião, e desde 2002 abriga presos especiais. Tem capacidade para mais de 390 presos, nos regimes fechado e semiaberto, com nove celas individuais e as demais para até oito detentos.
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