A Polícia Militar informou que os corpos das vítimas da queda de um helicóptero em Paraibuna, no interior de São Paulo, não deverão ser removidos nesta sexta-feira. A chuva que cai sobre a região e o período noturno inviabilizaram a conclusão dos trabalhos, disse a corporação.
Em nota divulgada à noite, a PM destacou a “deterioração das condições meteorológicas” como uma das causas da não conclusão da remoção. A aeronave e os corpos foram encontrados nesta sexta-feira após uma busca que já se estendia por 12 dias. O helicóptero, que saiu de São Paulo com destino a Ilhabela, desapareceu no dia 31 de dezembro e desde então era procurado pelas autoridades.
“Policiais Militares do Comando de Aviação e do Corpo de Bombeiros permanecerão na mata durante a noite e madrugada, mantendo a preservação da área e preparando a exfiltração que ocorrerá amanhã”, informou a corporação, que atua no local com três helicópteros, além de agentes em solo.
A nota diz que, “na primeira oportunidade amanhã, considerando as condições meteorológicas e o nascer do sol, será iniciada a exfiltração”.
A aeronave foi localizada pelo Águia 24 em uma área de mata na região em Paraibuna. Na imagem divulgada, é possível ver uma clareira entre a vegetação. Entre as árvores, podem ser vistos alguns destroços. Segundo a PM, foi necessária a ajuda de outra aeronave para acessar o local.
“Todos que estavam à bordo estão naquela região e estão mortos, infelizmente”, disse o coronel Ronaldo Barreto, comandante da Aviação da Polícia Militar, durante coletiva de imprensa realizada ainda pela manhã.
“É (uma área) fechada, densa, úmida. Ela é quente durante o dia e fria à noite. E é muito difícil de se locomover dentro dela. Há ainda muitos animais e insetos”, disse ao Estadão o tenente da Defesa Civil Estadual Ramatuel Diego Dantas Silvino sobre a região de Mata Atlântica.
A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Polícia Militar procuravam pela aeronave com foco na região da Serra do Mar. Após mais de 60 horas de voo por uma área de milhares de km² que cobriu as regiões de Paraibuna, Natividade da Serra, Redenção da Serra, Serra do Mar de Caraguatatuba e São Luiz do Paraitinga, as autoridades mudaram a estratégia nessa quinta-feira 11.
Com base na triangulação do sinal de antenas de celulares, foi definida nova abordagem. Em vez de fazer voos mais rápidos, para cobrir uma área maior, as equipes passaram a fazer voos em velocidade e altura menores, em área delimitada, segundo a PM.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.