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Heliponto de Abílio Diniz em São Sebastião tem fila de turistas aguardando para deixar a cidade

Empresário autorizou uso de estrutura para entrega de doações e retirada de pessoas da área atingida pelas chuvas; local chegou a ter momentos de “congestionamento” de helicópteros que aguardavam liberação para pousar

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Foto do author Wesley Gonsalves
Atualização:

Um grupo de turistas aguardava, na manhã desta terça-feira, 21, pela sua vez de embarcar em um helicóptero que o levaria embora de São Sebastião, cidade do litoral norte paulista que foi atingida pelas fortes chuvas no último sábado, 18, e domingo, 19.

Por causa da movimentação, um dos únicos helipontos da região, que pertence ao empresário Abilio Diniz e foi liberado para uso após a tragédia, teve momentos de “congestionamento” de aeronaves que aguardavam no ar até a liberação para pousar no local. Enquanto isso, entre malas e animais de estimação, crianças, adultos e idosos seguiam na “fila” de embarque.

Helicóptero deixa mantimentos em São Sebastião, no litoral norte de SP. Foto: Wesley Gonsalves/ Estadão

Conforme apurou a reportagem, a maior parte dos voos eram particulares, contratados por turistas “endinheirados” que tentam deixar a cidade depois do desastre natural. Em uma empresa de táxi aéreo que oferece o serviço de voo entre São Sebastião e a capital paulista é possível contratar uma aeronave a partir de R$ 10 mil, podendo chegar a R$ 30 mil, dependendo do número de passageiros e do tamanho do veículo.

Apesar do aumento no tráfego aéreo, os helicópteros não ficavam mais de 10 minutos parados no heliponto. Com a demanda em alta, aeronaves pousavam, deixavam doações e logo partiam com os turistas.

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De acordo com a assessoria do empresário Abílio Diniz, o heliponto está sendo usado para levar e trazer ajuda e mantimentos para os atingidos. Até o momento, foram realizados cerca de 60 voos com mantimentos ao local, e mais de 5 toneladas de água, alimentos e produtos de primeira nescessidade foram transportados.

Diniz também se pronunciou sobre o caso nas redes sociais. “Temos casa na região e estamos chocados com tanto sofrimento. Mas a solidariedade do povo brasileiro é contagiante, de emocionar. Mesmo em meio aos caos, temos visto muita gente sem medir esforços para ajudar de alguma forma. Assim que soubemos da tragédia, enviamos dinheiro, mas centenas de pessoas feridas e desabrigadas precisavam de médicos, medicamentos, água, comida e outros bens para sobreviver. Montamos uma operação de guerra com nosso time da Península e já fizemos mais de 40 voos levando mantimentos e pessoas para São Paulo”, escreveu.

Ajuda humanitária

Os helicópteros que pousam no heliponto de Camburi, em São Sebastião, traziam mantimentos, água potável e outras doações para as vítimas dos deslizamentos na cidade. Um grupo de voluntários auxilia no escoamento dos donativos que eram transportados por ônibus escolares da cidade e direcionados às vítimas na região.

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Em São Paulo, o ponto de desembarque de quem vinha do litoral era o Helicidade Heliporto, no bairro do Jaguaré, noroeste da capital.

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