Um incêndio atingiu uma fábrica de tintas na zona norte de São Paulo, na tarde desta quarta-feira, 12. Segundo os bombeiros, não há feridos. O fogo começou por volta das 17h e foi controlado cerca de duas horas depois. Por volta das 20h, algumas viaturas do Corpo de Bombeiros ainda permaneciam no local para fazer o rescaldo.
O galpão fica localizado na Rua Sampaio Correia, no bairro do Limão. Por causa do material, havia riscos de grandes explosões. Foram deslocadas 22 viaturas do Corpo de Bombeiros e 70 homens para o local.

Os bombeiros fizeram um cordão de isolamento na via. As chamas puderam ser vistas da Marginal Tietê. De acordo com relatos de testemunhas, foi ouvida uma explosão antes do surgimento das chamas e da densa coluna de fumaça. À reportagem, disseram também que os funcionários do estabelecimento conseguiram sair antes de o fogo se alastrar.
“Começaram a gritar fogo, fogo, e nós corremos para lá com os extintores. Mas, quando chegamos na porta, não tinha mais jeito. O fogo já tinha se espalhado e começaram as explosões”, disse Geraldo Cesário Silvestre, que trabalha em frente ao galpão industrial.
Alguns carros que estavam estacionados nas vias também foram atingidos.

“Escutamos uma explosão e achamos até que era o pneu da carreta que tinha estourado. Quando desci para ver, o fogo já estava bem alto, chegando no telhado”, contou Adélcio Pereira da Silva, outro funcionário de uma empresa dos entornos.
Trabalhadores da Inoplastic, empresa atingida, relataram à reportagem que muitos dos funcionários já tinham deixado o local por ser fim de expediente. “Eu não ouvi (a explosão). Eu já estava na Engenheiro (Avenida Engenheiro Caetano Álvares), quando soube. Depois, eu voltei”, disse Rodrigo Carlos Quaglio, funcionário do setor de vendas do estabelecimento.
Outro trabalhador da empresa, que não quis ser identificado, disse que presenciou a cena. Afirmou que a explosão aconteceu dentro de um contêiner de solvente, e que ninguém ficou gravemente ferido.
Em nota, a Inoplastic informou que avalia os danos e toma as providências necessárias para retomar as atividades o mais rápido possível. “Nossa equipe está trabalhando com empenho para minimizar qualquer impacto nos prazos de entrega e atender aos pedidos de nossos clientes com a maior agilidade possível. Informaremos prontamente caso haja qualquer alteração nos prazos ou necessidade de ajustes em seus pedidos”, diz o texto.
De acordo com o tenente-coronel Alexandre de Castro Costa, comandante do 2.º Grupamento de Bombeiros, o local estava com AVCB, o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros, regularizado, com o vencimento previsto para julho deste ano.
Ainda segundo o comandante, o fogo provocou o desabamento das estruturas do galpão, que fica em uma área de 1.250 metros quadrados.
“O local era uma indústria de materiais plásticos. Eles fazem paletes de plástico, e fazem um tipo de tinta à base de água. Então, eles tinham uma grande quantidade de material líquido, combustível”, disse o comandante.
“A causa do incêndio nós não temos ainda. É difícil apurar agora, até porque, com a grande demanda do incêndio, houve abalo da estrutura, o telhado desabou, trazendo consigo também as paredes laterais dessa indústria”, acrescentou.
Conforme Costa, o incêndio não provocou vítimas e não atingiu imóveis nos entornos. No entanto, a reportagem apurou que o galpão que fica ao lado na Inoplastic, usado para armazenar papéis e materiais utilizados em gráficas, foi atingido.
“Eu estava do lado, nós conseguimos sair, salvamos dois carros, mas o caminhão nosso não deu. Perdemos um caminhão nesse incêndio e um monte de material”, lamentou Antônio Dagnesi, dono do galpão.