SÃO PAULO - A Justiça condenou nesta quarta-feira, 26, os três acusados de participar do homicídio de José Ismael Pedrosa, ex-diretor da Casa de Custódia e Tratamento de Taubaté e do Carandiru, em 23 de outubro de 2005. João Paulo Oliveira de Carvalho foi condenado a 15 anos de reclusão. Marcos Silva, conhecido como "Babão", pegou 22 anos de prisão, e Elias Nascimento, o "Carioca", 19.
Integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), os três foram condenados por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima) e participação em crime de quadrilha armada. Permanecerão presos, sem direito de recorrer em liberdade.
O julgamento ocorreu no Tribunal do Júri de Taubaté e terminou na madrugada, presidido pelo juiz Marco Antônio Montemor. As promotoras Ana Brasil Rocha e Carmen Pavão Camilo da Silva formaram a acusação.
"A condenação dos três participantes da morte da vítima José Ismael Pedrosa representa justiça, no sentido mais puro da responsabilidade penal, que é o de dar a cada um o que é seu", afirma Ana. "Representa a reação da sociedade, que respondeu, de forma rigorosa e proporcional, aos desmandos de organizações criminosas atuantes no Estado de São Paulo."
Pedrosa, à época com 70 anos, foi alvejado por pelo menos 10 tiros quando retornava para casa em seu carro. Os tiros atingiram rosto, cabeça, abdômen e costas da vítima.
O autor dos disparos não foi identificado.
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