SOROCABA – A Justiça revogou o mandado de prisão expedido contra Elisângela Silva Paião, de 44 anos, suspeita de envolvimento no assassinato de seu marido, o fazendeiro Airton Braz Paião, de 55, em Presidente Prudente, interior de São Paulo. Paião foi morto no dia 24 de setembro pelo policial militar Marcos Francisco do Nascimento, de 30 anos, que se matou em seguida. A Polícia Civil investiga a hipótese de Elisângela ter sido a mandante do crime.
A prisão foi revogada por decisão liminar do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP), acolhendo habeas corpus impetrado pelos advogados da mulher. Conforme o advogado Jair Vicente da Silva Junior, o tribunal acatou o argumento da defesa de ausência de requisitos legais para a prisão, pois não haveria indícios suficientes de eventual participação dela no crime. Elisângela era considerada foragida. A defesa alega que ela já havia se colocado à disposição da justiça.
Paião foi morto quando se recuperava dos ferimentos à bala após ter sofrido uma emboscada, em Iepê, onde morava com Elisângela. Ele foi atraído para um canavial por uma mulher com quem vinha trocando mensagens e, ao chegar ao local, dois homens saíram do carro que seria dela. Ele foi atingido por quatro tiros e uma facada, mas sobreviveu.
Quando estava internado na Santa Casa de Presidente Prudente, devido aos ferimentos, o policial militar conseguiu entrar em seu quarto e o matou com dois tiros. Conforme a polícia, o PM estava tendo um caso com a mulher do fazendeiro.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.