Via Dutra: rodovia tem tráfego normalizado após fim de protesto com pneus queimados na pista

PRF afirma que manifestação ocorreu contra reintegração de posse na região; Prefeitura de Guarulhos diz que a comunidade do Sata possui alto risco de enchentes e de desmoronamento de residências

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Foto do author Renata Okumura
Atualização:

Uma manifestação de moradores da comunidade do Sata bloqueou a pista marginal da Rodovia Presidente Dutra, no sentido São Paulo, na região de Guarulhos, na manhã desta terça-feira, 31. O grupo de pelo menos 30 pessoas protestou contra uma reintegração de posse, colocando fogo em pneus para fechar a rodovia.

Por volta das 9 horas, todas as as pistas da Dutra foram liberadas com o encerramento do protesto, no entanto, o tráfego só foi normalizado no fim da manhã desta terça-feira. Até as 10 horas, a concessionária CCR RioSP informava que o tráfego ainda estava complicado, embora as pistas já estivessem liberadas. Havia ao menos sete quilômetros de congestionamento registrado entre os kms 209 e 216, entre Arujá e Guarulhos, nas proximidades do aeroporto internacional. Por volta das 11h, a situação estava tranquila na região onde aconteceu a manifestação.

Manifestantes colocam fogo em pneus e fecham trecho da rodovia Presidente Dutra. Foto: Reprodução/TV Globo

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Em nota, a PRF disse que foi registrada a interdição total na via central e lateral da rodovia por volta das 6 horas da manhã. O bloqueio durou em torno de três horas.

Muitos motoristas buscaram a rodovia Ayrton Senna como alternativa. Por isso, o tráfego na via, segundo a concessionária Ecopistas, também ficou congestionado. No sentido de São Paulo, por volta das 10 horas, o tráfego permanecia lento entre os kms 23 e 11, em razão do alto fluxo de veículos. Mais cedo, a lentidão chegou até o km 30 da rodovia. No decorrer do dia, a situação foi normalizada.

Prefeitura de Guarulhos aponta risco em casas da comunidade do Sata

Em nota, a Prefeitura de Guarulhos afirma que a comunidade do Sata tem alto risco de enchentes e de desmoronamento de residências. Além disso, registra alagamentos frequentemente. “Hoje há ainda 23 moradias sobre valas de drenagem, cujos moradores foram notificados há dois meses sobre a necessidade de desocupação”, disse.

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Foi combinado com os moradores que será feito cadastro para o recebimento do aluguel social por até 24 meses. “A primeira parcela desse auxílio (R$ 400) já foi paga e permitirá uma nova residência em um lugar seguro. O Bolsa Família também será concedido àqueles que estão aptos. Juntos, os benefícios podem chegar a R$ 1 mil por família”, afirmou o município.

Antes havia 33 moradias sob risco no local, mas os ocupantes das demais já foram acolhidos em abrigos municipais e beneficiados com o cadastro nos programas sociais, de acordo com a prefeitura.

Além de sofrerem com as enchentes, essas casas acabam também causando alagamentos na avenida Cataguases, em Cumbica, de acordo com avaliação técnica.

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