O Sindicato dos Metroviários de São Paulo aprovou indicativo de greve para a próxima quarta-feira, 22. Uma assembleia com a categoria deve ser realizada na véspera para confirmar a paralisação.
Os servidores estão em campanha salarial e já se reuniram em cinco ocasiões para negociar com representantes do Metrô, mas não chegaram a um acordo. O reajuste proposto pelo governo, de 2,77% (inflação medida pelo IPC-Fipe), foi recusado.
Além do reajuste dos salários e benefícios, o sindicato pede que o governo efetive a contratação de 115 agentes de segurança aprovados no concurso de 2019 e reintegre oito funcionários demitidos na última paralisação. A categoria também reivindica uma maior fatia da participação nos resultados da empresa e abertura de novo concurso público.
Segundo Altino Prazeres, diretor do sindicato, a greve tem como objetivo pressionar por uma negociação. “Ontem (terça-feira) pela manhã nos reunimos com o Metrô e disseram que o governo só teria uma resposta em 5 de junho. É muito longe, então estamos pressionando pra que essa negociação seja feita o mais rápido possível”, disse.
“Nós estamos dispostos a negociar, mas precisamos de uma sinalização da empresa. Vamos fazer essa assembleia na noite anterior (à greve) esperando que o governo nos procure pra sair desse problema”, acrescentou Prazeres.
O sindicato também convocou um ato para segunda-feira, 20, na estação Sé do Metrô.
O Estadão pediu um posicionamento do Metrô sobre o indicativo de greve e aguarda retorno.
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