Ministério Público e PF miram quadrilha rival do PCC no interior de SP

Foram apreendidos veículos de luxo, armas e equipamentos eletrônicos. Líder do grupo movimentou quase R$ 34 milhões em negócios com suposto comparsa, diz MP-SP.

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Atualização:

O Ministério Público Estadual de São Paulo (MPE) e a Polícia Federal deflagraram nesta terça-feira, 19, a Operação Rala Nota, que teve como alvo o Bando do Magrelo, quadrilha que rivaliza com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC) na região de Rio Claro, no interior paulista. Foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nos municípios de Americana, Santa Bárbara d’Oeste e Rio Claro.

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Segundo o MPE, a Polícia Federal apreendeu três veículos de luxo (uma caminhonete RAM modelo Rampage R/T, uma BMW modelo X4 e um AUDI modelo A3), além de duas armas de fogo, máquinas e cartões bancários, documentos de empresas, anotações, computadores e celulares. Todo o material pertenceria ao grupo liderado por Anderson Ricardo de Menezes, conhecido por Mané ou Magrelo.

A investigação é decorrente da Operação Oposição, realizada em maio de 2023 em Rio Claro. Naquela ocasião, Menezes foi preso e a organização criminosa que ele liderava, voltada ao tráfico de drogas e outros crimes, foi desmantelada, segundo as autoridades. Menezes teve os sigilos bancário e fiscal de sua pessoa física e de suas empresas quebrados pela Justiça.

Veículos da Polícia Federal durante a Operação Rala Nota, realizada nesta terça-feira para o cumprimento de três mandados de busca e apreensão em Americana, Santa Bárbara d’Oeste e Rio Claro Foto: MPSP

Durante a análise das informações pelo MPE, foi identificada grande movimentação financeira entre Menezes ou suas empresas e um homem conhecido como Ralado, morador de Americana e administrador de várias empresas.

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Transferências entre as pessoas físicas e as empresas de Menezes e Ralado chegaram ao montante de R$ 33.888.720,58. Esse valor foi usado como base para o pedido à Justiça de sequestro de bens para garantia.

A operação dessa terça-feira foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPE, com a PF e o apoio da Polícia Militar por meio do 10º Batalhão de Ações Especiais (Baep). Participaram da ação três promotores de Justiça, dez policiais federais e 28 PMs.

O Estadão não conseguiu localizar as defesas dos suspeitos.