Mortes pela chuva na Baixada Santista chegam a 41; ainda há 39 desaparecidos

A maior parte das vítimas é do Guarujá (30 mortos e 39 não localizados). Quatro corpos foram localizados nesta manhã em Santos, elevando para oito o número de mortos na cidade

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - Cinco dias após a Baixada Santista ser atingida por chuvas extremas, o número de mortos localizados sob as áreas que deslizaram chegou a 41. Ainda há outras 39 pessoas desaparecidas, de acordo com informe deste sábado, 7, da Defesa Civil do Estado.

PUBLICIDADE

Quatro corpos foram localizados nesta manhã em Santos, todos da mesma família, elevando para oito o número de mortos na cidade. A maior parte das vítimas é do Guarujá (30 mortos e 39 não localizados). Na cidade, sete morros foram atingidos, sendo dois com maior gravidade: o da Barreira do João Guarda e o da Bela Vista, conhecido como Macaco Molhado. 

Houve ainda três mortes em São Vicente. O número atual de desabrigados é de 253 em Guarujá e 185 em Santos.

Moradores ajudam bombeiros nas buscas aos desaparecidos nosdeslizamentos no Morro do Macaco Molhado, em Guarujá. A cidade foi a mais atingida pelas fortes chuvas que atingiram a Baixada Santista no começo da semana. Foto Werther Santana / Estadão Foto:

Nos últimos dias choveu pouco na região e a previsão é que este sábado continue com sol entre nuvens, com possibilidade de chuviscos isolados apenas no período da noite, sem o risco de temporais. No domingo, o tempo muda e há possibilidade de ocorrências de pancadas com intensidade fraca a moderada, à tarde e à noite, em toda a região. O estado de atenção permanece quanto a novos deslizamentos porque o solo continua úmido na região.

Apenas no verão deste ano,o total de mortes por chuvas no Sudeste – São Paulo, Rio, Minas e Espírito Santo – já chegou a pelo menos 146 – 78% a mais do que no verão passado, quando houve 82 vítimas. Dados da Defesa Civil compilados pelo Estado também apontam que a região já conta com mais de 87 mil pessoas desabrigadas ou desalojadas. 

Publicidade

Chuvas extremas como as observadas na região devem ser cada vez mais comuns em todo o mundo em decorrência das mudanças climáticas. Cientistas chamam essa condição de "o novo normal". Entenda o que isso significa.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.