MP pede volta de Elize Matsunaga à prisão após suspeita de uso de documento falso

Condenada por assassinar o marido, ela está em liberdade condicional desde maio do ano passado; hoje ela trabalho como motorista de aplicativo

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Foto do author José Maria Tomazela

O Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça que Elize Matsunaga, condenada por matar e esquartejar o marido, seja levada de volta à prisão. O motivo seria um suposto uso de documento falso que é investigado pela Polícia Civil de Sorocaba, interior paulista. Atualmente, Elize trabalha como motorista de aplicativo em Franca, também no interior, onde passou a morar. Ela está em liberdade condicional desde maio do ano passado, após cumprir dez anos de cadeia.

O pedido de suspensão do livramento condicional de Elize foi feito pelo promotor Odilon Nery Comodaro, da Comarca de Franca. Em 27 de fevereiro, ela foi detida e levada ao 8º Distrito Policial de Sorocaba para responder a uma denúncia de falsificação de documentos.

Júri de Elize foi realizado em 2016 Foto: Werther Santana/Estadão

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Para trabalhar em um condomínio que exigia atestado de antecedentes criminais, ela teria falsificado o documento de outra pessoa. Elize negou a autoria da adulteração, foi indiciada e liberada.

A promotoria entende que ela cometeu ato infracional e pediu a suspensão da liberdade provisória. O pedido foi encaminhado à Justiça de Sorocaba, onde o caso está sob investigação. O Ministério Público informou que ainda aguarda a decisão da Justiça. Caso a condicional seja suspensa, Elize voltará para a penitenciária feminina de Tremembé, onde cumpria a pena de 16 anos e 3 meses de prisão.

Elize foi condenada por matar e esquartejar marido

Elize Matsunaga foi presa em 2012, após matar com um tiro na cabeça e esquartejar o corpo do marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, dono da indústria de alimentos Yoki. O crime aconteceu no apartamento do casal, na Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo. Partes do corpo foram espalhadas em áreas verdes da região metropolitana da capital.

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Condenada inicialmente a 19 anos e 11 meses de prisão, ela entrou com recurso e, em 2019, teve a pena reduzida para 16 anos e 3 meses por ter confessado o crime. A ex-detenta trabalhou na prisão e manteve bom comportamento, o que possibilitou que, em maio de 2022, obtivesse progressão para o regime aberto.

Sobre o pedido do MPSP, a reportagem entrou em contato com o advogado de Elize, Luciano Santoro, e ainda não obteve retorno.

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