Além de atrasarem em relação ao cronograma inicial, as obras de revitalização da Avenida Santo Amaro, na zona sul de São Paulo, vão ficar mais caras. A Prefeitura da capital assinou despacho nesta semana prorrogando em 12 meses o contrato das obras. A entrega vai ficar agora para 30 de setembro de 2024. O custo adicional será de R$ 3,3 milhões, elevando o valor total para R$ 77,5 milhões.
De acordo com a prefeitura, a prorrogação do prazo de execução por 12 meses, a partir do próximo dia 1º, foi necessária porque o contrato original estava próximo de expirar. A SPObras esclareceu que a previsão de conclusão das obras no trecho entre a Av. Juscelino Kubitscheck e a Rua Afonso Braz permanece inalterada para o fim de abril de 2024.
Já o valor adicional, segundo nota do Município, corresponde à contratação de um plano de desvio de tráfego e ao reforço das equipes de apoio ao trânsito, com o objetivo de minimizar os impactos das obras.
Originalmente, o Consórcio Souza Compec/Coplan havia sido contratado, em 2016, por R$ 58,6 milhões, com prazo de 24 meses. As obras, no entanto, só começaram em julho de 2022, já com um novo valor. O adiamento aconteceu por causa de desapropriações, estudos técnicos e novas análises urbanísticas, além da definição de recursos.
O trecho em recuperação é de 2,7 km e vai da Av. Presidente Juscelino Kubitscheck até a Av. Dos Bandeirantes, cruzando a Av. Helio Pelegrino. A prefeitura afirma que as obras vão tornar a avenida mais moderna e segura para a população. A via ganhará calçadas mais amplas, percursos acessíveis, enterramento de cabos, reforma do corredor de paradas de ônibus, nova iluminação em LED, além de melhorias no sistema de coleta de água e esgoto.
Em agosto deste ano, o Tribunal de Contas do Município (TCM) alertou a prefeitura para o atraso no cronograma de obras. Com 50% do prazo de contrato decorrido, apenas 21% das obras estavam concluídas, segundo o tribunal. Representantes do município chegaram a se reunir com os conselheiros para tratar do assunto.
A Av. Santo Amaro é considerada uma via importante para a mobilidade na zona sul de São Paulo. As obras afetam uma região de comércio, supermercados, hospitais e bancos. Desde o último dia 2, um dos sentidos da avenida está totalmente interditado para o trânsito. O tráfego nos dois sentidos ocupa a pista não interditada gerando demora e filas de carros e ônibus, o que tem causado reclamações dos motoristas e usuários.
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