‘Não hesite’: Comandante da PM de SP defende uso da ‘legítima defesa’ por agentes; veja

Declaração, dada em vídeo publicado numa rede social da corporação, foi feita no mesmo dia em que tenente aposentado foi morto. Letalidade policial está em alta em 2023 após queda histórica

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Por Redação

O coronel Cássio Araújo de Freitas, comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, pediu em um vídeo publicado numa rede social da corporação para que a tropa “não hesite em utilizar a legítima defesa a seu favor”. A postagem foi feita na quarta-feira, 5, horas depois de um tenente aposentado ser morto na Grande São Paulo.

“Estamos bastante preocupados com algumas ocorrências onde o policial militar tem hesitado em utilizar as suas ferramentas de trabalho. E aí vai o meu pedido para vocês e para todos esses amigos aqui que estão aqui presentes: não hesite, não hesite em cumprir a lei, não hesite em utilizar a legítima defesa a seu favor. Faça isso!”, declarou o comandante-geral da PM paulista.

Coronel Cássio Araújo de Freitas, comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo Foto: Reprodução / Instagram PMSP

O vídeo foi gravado logo após Freitas participar de um café da manhã da corporação. A legenda da postagem tem como título “Mensagem ao Patrulheiro”, e até o meio da manhã desta sexta-feira contava com mais de 13,5 mil curtidas.

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No mesmo dia, cinco suspeitos de roubar e matar o tenente aposentado da Polícia Militar paulista Ricardo Boide, de 52 anos, foram presos pela Polícia Civil. O crime aconteceu em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. O tenente, que estava com mais três familiares, foi agredido e levado pelos suspeitos na madrugada. Eles realizaram saques da conta bancária de Boide, que depois foi morto.

No início do mês passado, dois PMs foram atingidos por disparos depois que um homem reagiu à abordagem e roubou a arma de um dos policiais. Um dos agentes foi ferido no abdômen e nas pernas, e outro no rosto.

Este ano, a letalidade policial no estado de São Paulo tem apresentado viés de alta. Até maio, houve aumento em quatro dos cinco meses em relação ao ano passado, quando São Paulo registrou o menor número de mortes por policiais em toda a série histórica.

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