SÃO PAULO - O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou na manhã desta segunda-feira, 19, que armas não podem ficam armazenadas em fóruns e que devem ser encaminhadas ao Exército ou à Polícia Militar. No sábado, 17, uma quadrilha invadiu o Fórum de Diadema, na Grande São Paulo, e roubou ao menos 391 armas, entre revólveres, pistolas, submetralhadoras e um fuzil, além de coletes balísticos, munição e equipamentos de comunicação.
"Não pode ter arma em fórum porque o fórum não tem a segurança para enfrentar quadrilhas", disse o governador. "Sempre deve ficar ou no Exército até ser destruída - é o Exército que destrói pela legislação - ou no batalhão da PM."
As armas ficam guardadas no fórum pelo tempo que a Justiça entende necessário para prova de processos criminais. "As armas que ainda não podem ser destruídas porque fazem parte do processo devem ficar sob a guarda da Polícia Militar", declarou Alckmin.
Segundo o governador, o Poder Judiciário enfrenta dificuldade de encaminhar o arsenal para o Exército por causa da quantidade grande de armas.
Alckmin informou que nesta segunda-feira ocorreu uma reunião do secretário estadual de Segurança Pública, Mágino Alves, com o corregedor-geral do Tribunal de Justiça, desembargador Manoel de Queiroz Pereira Calças, para discutir o assunto.
Investigação
As câmeras internas do Fórum de Diadema não estavam funcionando no momento da ocorrência e não registraram o crime. No entanto, de acordo com o governador, havia equipamentos na rua que podem ajudar a identificador os autores do roubo.
"Há um mutirão de trabalho intenso da Polícia Civil, da Polícia Militar para pegar esse (grupo) criminoso."
Crime
O bando dominou os vigilantes, arrombou o depósito e fugiu com o arsenal. O armamento levado equivale a quase dois anos e meio de apreensões realizadas pela polícia na cidade do ABC Paulista.
De acordo com o boletim de ocorrência, o assalto começou às 19h15 do sábado, quando três vigilantes responsáveis pela segurança do Fórum, na Avenida 7 de Setembro, no centro de Diadema, foram abordados e tiveram oito armas roubadas. Os funcionários foram imobilizados com lacres plásticos nas mãos e nos pés e tiveram as cabeças cobertas por toucas.
À Polícia Civil, eles disseram que não teriam condições de reconhecer os autores do crime nem sabiam informar a quantidade exata de ladrões, pois foram mantidos em cárcere durante o roubo.
Para chegar ao depósito, os criminosos arrombaram acessos ao cartório, quebrando três cadeados em diferentes portas. Lá, roubaram 87 pistolas (calibres .40, 9 mm e 380), 294 revólveres (calibres 32 e 38), três submetralhadoras e um fuzil, segundo dados da diretora do cartório, que apresentou a lista à polícia. Três garruchas, uma espingarda, uma carabina e um pistolete completam a lista.
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