(Atualizada às 16h24)
SÃO PAULO - Quatro jovens foram baleados, no início da madrugada deste sábado, na frente de uma pizzaria na região central de Carapicuíba, na Grande São Paulo. Mateus Morais dos Santos e Douglas Bastos Vieira, ambos de 16 anos, José Carlos Costa do Nascimento, de 17, e Carlos Eduardo Montila de Souza, de 18, não tinham passagens criminais e morreram no local. Segundo registros da Polícia Civil, foi a 15.ª chacina deste ano no Estado.De acordo com a polícia, há pelo menos duas versões para o crime. Na primeira, os jovens estavam conversando na frente da pizzaria, quando homens ocupando um carro cinza chegaram e atiraram nas vítimas; a outra, apura se os assassinos conheciam as vítimas, pois teria ocorrido uma discussão entre eles, antes do crime.
Os jovens trabalhavam como entregadores na pizzaria. Testemunhas disseram que estavam na porta esperando outras colegas para irem embora juntos, quando os criminosos apareceram. Até agora, nenhum suspeito foi identificado pela Polícia Civil.Investigadores do 1.º Distrito Policial passaram o dia procurando imagens de câmeras de segurança que possam ter gravado os criminosos. Funcionários do Instituto Médico-Legal (IML) de Osasco informaram que o enterro dos jovens está previsto para segunda-feira.Osasco. Por enquanto, está descartada a possibilidade de o crime ter ligação com outras chacinas ocorridas na cidade que tiveram a participação de policiais militares. Em 13 de agosto, uma série de ataques deixou 19 mortos e 5 feridos em Osasco e Barueri, cidades vizinhas de Carapicuíba, em menos de duas horas. Essa foi a maior chacina da história de São Paulo. Só o soldado Fabrício Emmanuel Eleutério, das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota), está preso por suspeita de participar das mortes. Outros 18 PMs e um segurança casado com uma policial são investigados, além de quatro guardas-civis metropolitanos de Barueri.A Secretaria da Segurança Pública criou uma força-tarefa para investigar a chacina. Semana passada, a Justiça Militar prorrogou o prazo do inquérito por mais 30 dias. Nesse período, a Corregedoria da PM deve finalizar a análise dos celulares apreendidos com os suspeitos, que pode mostrar se algum deles estava na cena do crime ou se falaram durante as execuções. O foco está em sete PMs que foram para um bar logo depois das mortes em série, para supostamente fazer uma comemoração.
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