Nunes diz ser ‘difícil’ aval a Uber Moto e afirma que há 68 mil na fila de cirurgia ortopédica em SP

Segundo o prefeito, a maior parte da demanda veio de acidentes com moto; ele frisou, porém, que está aberto ao diálogo com a empresa

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Foto do author Leon Ferrari
Atualização:

O prefeito Ricardo Nunes avalia ser “muito difícil” que o Uber Moto seja liberado em São Paulo. Como dificuldades, o administrador citou a “complexidade” do trânsito na capital paulista e também a fila de pacientes que esperam por cirurgia ortopédica, muitos deles por acidente de moto, segundo ele. “A grande preocupação é com a segurança das pessoas”, disse nesta terça-feira, 10, em entrevista à Rádio Eldorado, mas frisou abertura de diálogo com a empresa.

A Uber havia anunciado na última quinta-feira, 5, o início da oferta de viagens com motocicleta para passageiros nas cidades de São Paulo, por um preço menor do que o do UberX. A prefeitura, porém, suspendeu o serviço e montou grupo de trabalho para discutir a liberação com a empresa e especialistas, de acordo com Nunes.

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Nunes comentou que o trânsito da capital movimenta sete milhões de veículos e, só em dezembro de 2020, fez 6,5 vítimas a cada 100 mil habitantes - a meta é reduzir esse número para 4,5 a cada 100 mil, disse. O prefeito também destacou que há 68 mil pacientes na fila de espera por cirurgia ortopédica na cidade, muitos deles por causa de acidente com moto.

“As questões relacionadas acidente de motos levam a situações de acidentes gravíssimas, inclusive óbitos. Então, não é possível que a cidade de São Paulo vá poder assistir uma empresa que é importante para a cidade, sediada aqui, faça alguma atividade sem que nos apresente qual é o plano, quantas pessoas podem ser transportadas, se tem segurança, se vai ter o capacete”, falou.

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“Precisamos salvar as vidas. Não posso deixar que qualquer atividade na cidade seja implementada sem que a gente possa garantir a vida das pessoas”, completou.

Uber Moto está disponível em mais de 160 municípios brasileiros Foto: Uber/Divulgação

O prefeito, contudo, frisou que está disposto a dialogar, vide o grupo de trabalho estabelecido, e disse acreditar que a empresa “deve ter tido algum estudo consistente que demonstre que não vai gerar um monte de óbitos” com a atividade.

Conforme mostrou o Estadão, Luciana Ceccato, diretora de marketing da Uber no Brasil, destacou que “antes de desembarcar nas duas maiores cidades brasileiras”, a empresa passou “mais de dois anos estudando o uso do produto em diversos lugares e avaliamos o comportamento que o Uber Moto teve em diferentes municípios brasileiros”.

Segundo a Prefeitura, são atendidos atualmente nos Centros Especializados em Reabilitação (CREs) municipais 157 vítimas de acidentes com motos:

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47 na CRS Leste:

  • 7 CER São Miguel
  • 8 CER Ermelino Matarazzo
  • 3 CER Tietê
  • 17 CER Cidade Tiradentes
  • 5 CER Jd Soares
  • 1 CER Nossa Senhora Aparecida
  • 4 CER Jd Campos
  • 2 CER Camargo Novo

16 na CRS Sudeste:

  • 8 CER Arthur Alvim
  • 8 CER Flávio Gianotti

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28 na CRS Sul:

  • 10 CER Parelheiros
  • 8 CER Milton Aldred
  • 6 CER M’Boi Mirim
  • 4 CER Campo Limpo
  • 3 CER Santo Amaro

37 na CRS Norte:

  • 13 CER Tucuruvi
  • 18 CER Freguesia do Ó
  • 6 CER Jaçanã

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