SÃO PAULO - No dia seguinte à confirmação da 19ª vítima da chacina de Osasco e Barueri, a ONG Rio de Paz faz um protesto em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, com 19 sacos plásticos pretos enfileirados no chão, simulando os corpos das vítimas.
Na manhã desta sexta-feira, 28, o grupo voltou a se manifestar com lenços na boca e uma faixa, agora, com o número de mortos atualizado: "Quem matou 19?". O grupo já havia se manifestado na semana passada, cobrando a punição dos responsáveis e condenando a violência do crime.
ONG faz protesto contra chacina na Paulista
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ONG protesta contra chacina na Paulista
Os ataques na Grande São Paulo ocorreram há 15 dias Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO
ONG protesta contra chacina na Paulista
Manifestantes ds ONG Rio de Paz fizeram um protesto na Avenida Paulista contra a chacina em Osasco e Barueri Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO
ONG protesta contra chacina na Paulista
Os manifestantes colocaram sacos plásticos no chão, em frente ao Masp, e ergueram uma faixa em que estava escrito: 'Quem matou os 19?' Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO
ONG protesta contra chacina na Paulista
Um soldado da Polícia Militar foi detido suspeito de participar da chacina Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO
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Uma adolescente de 15 anos que havia sido baleada na barriga morreu no hospital 14 dias após os ataques Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO
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Segundo os organizadores, o objetivo da manifestação é cobrar do Governo do Estado de São Paulo apoio aos parentes das vítimas e a elucidação da autoria da chacina. Os manifestantes chegaram por volta das 6h30 e permanecem no local até 11h. "Não podemos ficar calados quando policiais, moradores de periferia, jovens, negros, pardos, ricos, homens, mulheres, são barbaramente assassinados", disse por nota a ONG.
O ato foi motivado pela 19ª morte confirmada nesta quinta-feira. Letícia Hillebrand da Silva, de 15 anos, estava hospitalizada. Atingida na região da barriga, a menina ficou internada por 14 dias no Hospital Regional de Osasco, mas não resistiu a uma infecção abdominal, tornando-se a 19.ª vítima da chacina.
A jovem foi uma das seis pessoas inicialmente feridas nos atentados. Pouco depois das 21 horas do dia 13, a adolescente saiu da casa de uma amiga, na Rua Suzano, em Osasco, e decidiu passar em uma lanchonete para comprar um lanche e seguir para casa, no bairro vizinho. Foi quando um carro passou atirando contra pedestres na calçada, atingindo Letícia e uma mulher de 27 anos, que sobreviveu.
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Ataques em Osasco e Barueri
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Ataques em Osasco e Barueri
Dezenove pessoas morreramapós ataques nas cidades de Osasco e Barueri Foto: EDISON TEMOTEO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Ataques em Osasco e Barueri
A polícia está investigando o caso, e trabalha com a hipótese de os ataques terem relação entre si Foto: EDISON TEMOTEO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Esta é a maior chacina do ano em São Paulo. Desde o início de 2015, seis chacinas ocorreram no Estado. Foto: Rafael Arbex / ESTADAO
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O primeiro ataque registrado pela polícia aconteceu às 20h49 Foto: EDISON TEMOTEO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Em menos de duas horas, a Polícia Militar registrou assassinatos em oito endereços diferentes em Osasco e outros dois na cidade de Barueri Foto: EDISON TEMOTEO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Ainda não há informações da polícia sobre o que poderia ter motivado os crimes Foto: EDISON TEMOTEO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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A investigação é feita pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, e concentrada no 10º DP de Osasco Foto: EDISON TEMOTEO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
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Há a suspeita de que as mortes tenham ocorrido em reação ao latrocínio de um policial militar em Osasco e um guarda civil metropolitano em Barueri Foto: Rafael Arbex / ESTADAO
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A polícia encontrou várias cápsulas nos locais dos crimes, de armas de calibre 38, .380 e uma pistola 9 mm. Foto: Rafael Arbex / ESTADAO
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Esta é a maior chacina do ano em São Paulo. Desde o início de 2015, seis chacinas ocorreram no Estado. Foto: Rafael Arbex / ESTADAO
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Esta é a maior chacina do ano em São Paulo. Desde o início de 2015, seis chacinas ocorreram no Estado. Foto: Rafael Arbex / ESTADAO
"No hospital, quando ela ainda estava consciente, falou para a família que os caras passaram atirando e rindo. Como a gente vai imaginar que pode estar amanhã na rua e levar um tiro de um policial?", questiona uma adolescente, de 15 anos, colega de classe de Letícia no 1.º ano médio da Escola Estadual Doutor Aureliano Leite. Há suspeita de envolvimento de policiais militares na chacina.
No enterro da jovem, na tarde desta quinta, no Cemitério Parque Jaraguá, na zona oeste da capital, os amigos pareciam não acreditar na morte da jovem. "Ela havia saído da UTI, chegou a ficar consciente, falou para a mãe ficar despreocupada porque ia sair dessa. A gente achou que ela ia sobreviver. Agora só fica um vazio", comentou outra amiga da jovem uma adolescente de 16 anos.