Para onde viajar a até 250 km de São Paulo? Veja opções de destinos

São muitas as atrações na alta temporada para todos os gostos além da movimentada Campos do Jordão

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Por Nathalia Molina
Atualização:

Com o inverno, é hora de se preparar para aproveitar muita serra, que pode ser combinada com contemplação da paisagem, esportes ao ar livre, águas termais, artesanato e produtos locais como queijo, chocolate e cachaça. Para quem busca alternativas à frenética Campos do Jordão na alta temporada (que tem mirantes, trenó de montanha e teleférico), há ótimas opções a até 250 km da capital paulista para vivenciar as baixas temperaturas registradas no meio do ano nessa região do Sudeste.

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Na série Bate e Volta SP, o Estadão visitou e dá as dicas sobre o que tem de melhor em cidades como Cabreúva, São Francisco Xavier, Águas de São Pedro, Cunha e Socorro, que oferecem uma mistura de gastronomia, natureza, cultura e distanciamento da loucura da cidade.

A busca pela natureza aliada a uma boa estrutura turística também leva outros destinos da Serra da Mantiqueira a despontarem como um circuito off-Campos do Jordão. Há anos, a cada inverno, a paulista Santo Antônio do Pinhal e a mineira Monte Verde são lembradas nessa listinha alternativa. De um tanto, que cresceram e foram além. A dupla se destaca com variedade de atrações próprias e já não fica tão vazia em férias e feriados.

A programação nas cidades esquenta na mesma proporção em que a temperatura cai. Entranhados nas montanhas, os lugares da lista a seguir apresentam muitos picos para atividades radicais ou simples admiração do horizonte.

Cabreúva (SP)

Pracinha Comendador Martins, localizada no centro histórico, decorada com sombrinhas de arco-íris e equipada com o combo essencial de árvores, banquinhos, coreto e igreja Foto: TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO

A cerca de 90 quilômetros da capital paulista, Cabreúva atrai turistas de todos os cantos do Estado com seu clima de interior bucólico e pacato, em contraste imediato com o barulho e a paisagem de concreto da maior metrópole do País. Com a proximidade do inverno e suas baixas temperaturas, a cidadezinha de 50 mil habitantes tem opções de turismo para quem busca momentos de relaxamento em meio à natureza, regados a boa comida e conforto. Uma das principais atrações da região é a Reserva Biológica da Serra do Japi, com 350 quilômetros quadrados de Mata Atlântica espalhados pelas cidades de Cabreúva, Jundiaí, Cajamar e Bom Jesus de Pirapora. O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) tombou, ainda em 1983, mais de metade dessa área como patrimônio natural do Estado.

O Estadão visitou Cabreúva e dá dicas sobre a cidade neste link.

São Francisco Xavier (SP)

Mirante da Pedra de São Francisco, em São Francisco Xavier Foto: Tiago Queiroz

Distrito de São José dos Campos, a pequena São Francisco Xavier atrai quem ama trilhas a pé e de mountain bike, além de vôo livre e parapente. Na Bruxinhas do Mato, a ordem é baixar a adrenalina por meio de banhos de ervas e reflexologia, algumas das terapias voltadas ao relaxamento e equilíbrio. A culinária regional reserva receitas à base de pinhão, caso do João Deitado, broa assada em folha de bananeira. Está a aproximadamente 150 km da capital paulista.

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O Estadão visitou São Francisco Xavier e dá dicas sobre a cidade neste link.

Águas de São Pedro

Jardins do Grande Hotel desperta a atenção de turistas paulistanos para as férias de Inverno Foto: Tiago Queiroz

Menor município do Estado de São Paulo e segundo menor do País em extensão territorial, Águas de São Pedro, a cerca de 190 quilômetros da capital paulista atrai turistas pelas ofertas de banhos do Fontanário e do SPA Thermal. Além disso, a cidade conta com boulevard gastronômico, praças, bosques e diversas opções de hospedagem. Um deles, o Grande Hotel São Pedro, construído na década de 1940 por Octávio de Moura Andrade, considerado o fundador da cidade.

O Estadão visitou Águas de São Pedro e dá dicas sobre a cidade neste link.

Cunha (SP)

Lavandário é uma das opções de programa em Cunha Foto: Tiago Queiroz / Estadão

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Os campos de lavanda fazem de Cunha um charmoso destino a 230 km de São Paulo. Um sábado por mês, um grupo de até 12 pessoas pode participar de uma vivência no Lavandário, onde são ensinados plantio, poda e destilação de óleo essencial. Na Capital Nacional da Cerâmica de Alta Temperatura, ateliês como o Cassinha produzem de peças decorativas a bijuterias. Entre as serras do Mar e da Bocaina, a cidade tem trilhas, rios e cachoeiras. E há opções gastronômicas para curtir o frio, que pode registrar marcas abaixo de zero. Site: cunha.sp.gov.br.

O Estadão visitou Cunha e dá dicas sobre a cidade neste link.

Socorro (SP)

Pedra da Bela Vista, em meio à Serra da Mantiqueira, no município de Socorro (SP) Foto: Kaique Guimarães / Estadão

Sob o slogan “onde ainda se vive”, Socorro, a cerca de 140 quilômetros de São Paulo, se tornou há dois anos o primeiro município brasileiro reconhecido como “cidade lenta” ou “cidade de bem-estar”. Para isso, o destino turístico investiu em acessibilidade e preservação dos seus muitos pontos turísticos, que misturam atrações naturais, rurais, de aventura e religiosas por 11 rotas. O roteiro inclui o Parque Pedra da Bela Vista, café caipira no Rancho Pompéia, um dos cinemas de rua mais antigos do Estado e a famosa Gruta do Anjo.

O Estadão visitou Socorro e dá dicas sobre a cidade neste link.

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Monte Alegre do Sul (SP)

Distante 130 km de São Paulo, Monte Alegre do Sul possui 40 alambiques artesanais Foto: Prefeitura de Monte Alegre do Sul

No Vale do Rio Camanducaia, a cidade de Monte Alegre do Sul, uma das nove integrantes do Circuito das Águas Paulista, é famosa pelas termais e por aquela que passarinho não bebe. Em torno de 40 alambiques artesanais estão espalhados pelo município, a cerca de 130 km de São Paulo. No início do mês, o espaço de artesanato Art Ibiti foi inaugurado no Centro Cultural José Peschiera, com peças produzidas por mãos locais. O Santuário do Senhor Bom Jesus é exemplo da arquitetura colonial no bem preservado centrinho da cidade. Site: montealegredosul.tur.br.

Serra Negra (SP)

Serra Negra possui uma réplica da Fontana di Trevi, monumento-símbolo da Itália Foto: Prefeitura de Serra Negra

Outra participante do Circuito das Águas, a estância hidromineral de Serra Negra (150 km) tem cinco rotas de turismo rural, entre elas, as do café e do queijo e vinho. A Fazenda Chapadão abre à visitação diariamente, com bar panorâmico, bistrô e o maior balanço do estado. O clássico passeio de teleférico leva os visitantes ao Mirante do Cristo Redentor, a pouco mais de 1.000 m de altitude. Além da réplica do monumento-símbolo do Rio, a cidade tem desde maio a própria Fontana di Trevi. A reprodução de um dos cartões-postais de Roma homenageia a colonização italiana em Serra Negra. Reforce o look de inverno com peças de lã, couro e malhas das lojas do centro. Site: serranegra.sp.gov.br/turismo.

Santo Antônio do Pinhal (SP)

Santo Antônio do Pinhal fica na Serra da Mantiqueira, a 1.080 metros de altitude Foto: Prefeitura de Santo Antônio do Pinhal

Os passeios em Santo Antônio do Pinhal incluem visitas a ateliês de vários artistas locais, que produzem peças de cerâmica e patchwork, entre outras técnicas. Em madeira, as pipas e os pássaros de Eduardo Miguel Pardo já voaram para muitas casas fora de Santo Antônio do Pinhal, enquanto Morito Ebine cria produtos por encaixe (sem pregos e parafusos) e dá cursos de marcenaria tradicional. À mesa, as pedidas são pinhão e truta; a chef Anouk Migotto, do restaurante Donna Pinha, prepara o peixe grelhado e até como linguiça de entrada.

A 1.080 metros de altitude, o município vizinho a Campos do Jordão fica distante cerca de 170 km da capital paulista. Os oito jardins temáticos do Jardim dos Pinhais Ecco Parque, entre eles o japonês e o inglês, são um ótimo passeio, tanto para caminhar entre flores e plantas, quanto para apreciar o visual da Serra da Mantiqueira. Fica na estrada entre o centro e a Estação Eugênio Lefévre (construção de 1916), onde funcionam um café e lojas de artesanato. Site: santoantoniodopinhal.sp.gov.br.

São Bento do Sapucaí (SP)

São Bento do Sapucaí é uma boa pedida para todos os tipos de público Foto: TABA BENEDICTO/ESTADÃO

Com o ponto culminante de 1.950 m de altitude, o complexo que deu fama à região é formado por três picos: Pedra do Baú, Bauzinho e Ana Chata. A maior parte das caminhadas exigem preparo e é essencial contratar um guia. A operadora turística Armazém Aventura organiza passeios para lá e também uma vivência de escalada, de fácil dificuldade, indicada para iniciantes e até para crianças. Shitake, azeitona e frutas silvestres são alguns dos plantios comuns nas propriedades de agricultura familiar da cidade, em torno de 200 km de São Paulo. Para provar quitutes regionais, conheça o Dona Mariquinha Café e Empório, que usa ingredientes de pequenos produtores e vende artesanato local. A Arte no Quilombo, associação de artesãos do bairro de mesmo nome, reúne peças elaboradas principalmente com palha de bananeira e de milho. Site: saobentotur.com.br.

Monte Verde (MG)

Monte Verde é destino certo para amantes de esportes radiciais, e casais românticos também Foto: Prefeitura de Monte Verde

Eleito pelo segundo ano consecutivo como um dos destinos mais acolhedores do Brasil pela Traveller Review Awards 2023, premiação da plataforma de reserva de hospedagem Booking, Monte Verde não é um município, e sim um distrito de Camanducaia. Costuma ser muito procurada por casais, em geral apreciadores de fondue com vinho. Em busca de ambientes românticos? A Mont Vert Casa do Fondue serve o prato de queijo, de carne e de chocolate. Com rótulos de vinhos nacionais e internacionais, o Wine Not? oferece também as opções de taça ou régua com uma seleção da bebida. Para degustar o chocolate, outro clássico local, vá à Gressoney Chocolates, fábrica fundada em 1978. Prove a prímula, mistura de alfajor com pão de mel, em que a massa recebe um recheio de doce de leite.

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A trilha da Pedra Redonda, principal cartão-postal natural de Monte Verde, pode ser realizada por conta própria ou com um guia. Com quase 1km de comprimento, o percurso de nível médio exige disposição e leva ao topo do pico, a 1.990m de altitude, e a uma visão 360 graus do entorno. Adeptos de esportes de aventura podem se dirigir à Fazenda Radical, território de passeios de quadriciclo e a cavalo, slackline, arvorismo e megatirolesa (dois trechos somados em 1.050 m de extensão total), entre outras atividades. Site: monteverde.org.br.

Gonçalves (MG)

Gonçalves tem atraído cada vez mais ecoturistas e também aqueles que gostam do sossego da natureza Foto: Santiago Roig Albuquerque

A 210 km de São Paulo, a cidade de Gonçalves fez da natureza ao redor um trunfo para atrair ecoturistas. A lista de cachoeiras inclui as do Cruzeiro, do Simão e dos Henriques, só para ficar entre as principais. Trilhas, passeios de bike e a cavalo também estão no cardápio de atividades locais. A Conexão Gonçalves é especializada em roteiros de carro 4x4 ao ar livre e tours etílico-gastronômicos. Destino para quem valoriza produtores locais (de azeite, de queijo, de café…) e encara tanto comida típica mineira quanto receitas gourmet. Site: goncalvestur.com.br.

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