O feriado prolongado da Páscoa, que para parte da população começa nesta quinta-feira, 28, é uma boa oportunidade de descanso, principalmente para quem puder emendar os quatro dias e retomar o trabalho apenas na segunda-feira. O Estadão lista abaixo cinco cidades visitadas pela série Bate e Volta SP no interior do Estado para quem quiser aproveitar a folga em meio à natureza e encerrar março de um jeito especial.
Como a previsão para os próximos dias em São Paulo é de chuva fraca e temperaturas abaixo da média, listamos alguns destinos de montanha perfeitos para dias mais frios.
Serra Negra
Um dos nove municípios que integram o Circuito das Águas Paulista, Serra Negra é o destino ideal para quem procura por sossego. O passeio pelo Parque Fonte Santo Agostinho, espaço cercado de árvores, jardins e lagos com peixes, é boa opção para curtir uma manhã fresca ou descansar após o almoço.
Ali dentro também fica a Fonte Santa Luzia, que costuma atrair tanto os fiéis quanto visitantes interessados em propriedades terapêuticas da água que jorra dali.
Outra opção de passeio, com vista privilegiada, é no Mirante do Alto da Serra. A 1.310 metros de altura, é o ponto mais procurado da cidade para ver o pôr-do-sol e, de quebra, curtir um início de noite com música, bebidas, comidinhas e até mesa de sinuca. Quem chega lá tem vista deslumbrante e panorâmica não só da cidade, mas da imensidão verde que forma toda a região.
E como estamos em Semana Santa, não se esqueça de visitar o Cristo Redentor da cidade, seja de carro a pé ou de teleférico. É um circuito de cerca de 1,4 mil metros de extensão percorrido ao longo de 15 minutos, do centro até o Cristo.
A cidade ainda conta com uma réplica da Fontana di Trevi, uma das principais atrações de Roma, a Disneylândia dos Robôs e diversos restaurantes ótimos para garantir a comilança do feriado.
Veja aqui mais informações sobre a cidade.
São Francisco Xavier
Pertencente a São José dos Campos, o distrito de São Francisco Xavier, próximo à divisa de São Paulo com Minas Gerais, é um destino de tranquilidade, sossego e paisagens verdes. A cerca de 150 quilômetros da capital paulista (três a quatro horas de carro, dependendo do trânsito), “São Xico”, como é conhecido, é cercado pela riqueza ecológica da Serra da Mantiqueira, que abriga trilhas e cachoeiras, suas principais atrações.
Do Mirante da Pedra de São Francisco, a mais de mil metros de altitude, é possível subir de escada em algumas pedras, deixar fitinhas com pedidos para o santo e também fazer piqueniques.O carro-chefe da gastronomia do espaço é a polenta frita com carne e servida na pedra, especialidade da casa.
E para quem quiser relaxar completamente em meio à natureza, o Bruxinhas do Mato há mais de 20 anos oferece opções de relaxamento em espaços cercado por flores, árvores e o principal: silêncio.
com ervas colhidas nos canteiros aromáticos do próprio local (a partir de R$ 190), massagens (R$ 230), reflexologia e escalda-pés (R$ 140).
Há ainda opções mais radicais de trilhas, tirolesa, cachoeiras e a Vila Gastronômica, escondidinha na Praça Cônego Antônio Manzi, logo atrás da Igreja Matriz.
Confira o roteiro completo aqui.
Guararema
Basta dirigir 80 km sentido nordeste de São Paulo que você chega em Guararema, cidade completamente diferente da capital. Pacata, com desconhecidos que ainda te dão bom dia na rua, muitas árvores e bem povoada pelos animais da região. É justamente a atmosfera acolhedora que faz com que qualquer um se encante por Guararema.
O turismo por ali tem vários braços: esportivo, religioso, ferroviário... E, por isso, mesmo é vendido como “turismo para família”, pois há atrações para todas as idades. Um dos interesses mais fortes é o religioso, especialmente pela curiosidade. Afinal a cidade tem a única imagem no Brasil de São Longuinho, o santo conhecido por encontrar objetos perdidos com o pagamento dos três pulinhos.
São Longuinho fica na Igreja Nossa Senhora da Escada, tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional (Iphan) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat).
Outras igrejas que valem a visita são a Igreja de São Benedito, no centro, que foi construída em 1875 pela escrava Maria Florência, e a Igreja Nossa Senhora D’ajuda, mais afastada e riquíssima nos detalhes arquitetônicos.
Confira a reportagem completa para ver outras opções de passeio na cidade.
Holambra
O nome dá cidade vem da junção das palavras Holanda, América e Brasil. Isso porque Holambra é uma colônia neerlandesa que mantém muito da cultura do país europeu na arquitetura, nas comidas e nas celebrações.
Um dos cartões-postais é o Moinho Povos Unidos, cópia fiel dos moinhos holandeses. Do deque, no 5º andar, ver mais de perto as pás que são movidas pelo vento - cada uma delas tem 12 metros.
Outro ponto turístico é o Parque Van Gogh, que homenageia o pintor com réplicas de suas obras. O local conta com outras atrações, como parede de escalada, tirolesa e a melhor vista do Lago Holandês. A entrada é gratuita.
Não deixe de passear ainda pelo Boulervard Holandês, famoso pelas fachadas coloridas com opções de lojas e restaurantes. Por lá, o Martin Holandesa é um dos pontos mais tradicionais do município. O espaço foi fundado como confeitaria em 1955, quando o imigrante holandês Martin Heinrich chegou ao Brasil.
Nas décadas seguintes, o grupo se expandiu para outros negócios, mas mantém no mesmo local o restaurante, hoje administrado por Frank Gerritsen, filho do fundador. Outro restaurante inspirado na gastronomia holandesa é o Casa Bela. Enquanto a cervejaria artesanal Holambier é o ponto preferido para quem quer uma noite mais descontraída.
E não deixe de ir embora sem conhecer as famosas flores de Holambra - o município, aliás, concentra 70% do comércio de flores do País. Por isso mesmo sua atração principal é o Expoflora, realizada entre o inverno e a primavera, entre agosto e setembro.
Mas fora dos dias de festa também é possível realizar visitas aos campos de flores com visitas programadas. A Oma Glas Turismo e a Real Receptivo, por exemplo, realizam o passeio.
Campos do Jordão
Para aproveitar com a família ou os amigos, Campos do Jordão, a 180 km de São Paulo, conta com trenó de montanha que chega a quase 40 quilômetros por hora, mirante com o formato de mão gigante e uma passarela instagramável repleta de guarda-chuvas coloridos.
As atrações ficam divididas entre o centrinho do bairro Vila Capivari, em meio a outras opções de passeio já tradicionais (bonde e maria-fumaça), e em parques privados, no meio da natureza. Mas prepare o bolso: os preços estão na casa de algumas dezenas de reais (ou mais). O conceito é centrado em três segmentos: gastronomia, compras e lazer.
Outro passeio imperdível é o mirante Prana Pôr do Sol, que fica na cafeteria de mesmo nome aberta em 2020, que tem dois balanços com vista para a Serra. Com a procura especialmente no entardecer, o local tem dezenas de mesas sobre um deque de madeira.
Há ainda o Mirante de vidro, dentro da Cervejaria Campos do Jordão, em meio à mata, a 140 metros de altura, com vista para a Serra da Mantiqueira. Um pequeno bar opera no local, que fica dentro do Parque da Cerveja, aberto em 2020.
O caminho ao mirante é feito por uma trilha contemplativa. O percurso passa pelo Museu da Cerveja, que contempla 14 placas ao ar livre que contam a história da evolução da cerveja, e por um jardim japonês com lago.
Confira mais opções de passeios na cidade aqui.
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