SOROCABA – A perícia encontrou material genético do servente de pedreiro Julio César Lima Ergesse sob as unhas da menina Vitória Gabrielly Vaz Guimarães, de 12 anos, assassinada depois de sair de casa para andar de patins, em Araçariguama, interior de São Paulo. De acordo com a Polícia Civil, o exame do DNA dessas amostras revelou compatibilidade com o material genético colhido do suspeito. Conforme a polícia, não é possível dar mais informações porque, nesta sexta-feira, 29, a Justiça manteve o sigilo sobre o caso.
+ Cães farejadores levam à prisão casal suspeito do assassinato de Vitória Gabrielly
O resultado do exame comprovaria a participação de Julio César no assassinato da garota. Os laudos da perícia no corpo da vítima indicam que ela lutou contra seu agressor e pode tê-lo arranhado. O servente de pedreiro, que está preso desde o dia 15 e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e foi indiciado por homicídio doloso qualificado.
Conforme a polícia, ele não teria agido sozinho, já que Vitória foi amarrada e teve a boca tampada com uma meia antes de ser assassinada. Julio César apontou como autores do crime o casal Bruno Marcel de Oliveira, de 33 anos, e Mayara Borges de Abrantes, de 24 anos, presos na manhã desta sexta-feira. Conforme os depoimentos do suspeito, ele esteve no carro em que o casal levou a menina para Mairinque, mas foi deixado no caminho. Ele nega que tenha assassinado a garota.
Vitória teria sido levada para a casa do casal em Mairinque. Cães farejadores detectaram o odor de Bruno no local em que o corpo foi encontrado, segundo a Polícia Civil. Também teriam encontrado o cheiro de Vitória na casa deles, em Mairinque.
O advogado do casal, Jairo Coneglian, vai pedir a soltura dos suspeitos. Ele disse ter laudos que comprovam que Julio César esteve internado em hospital psiquiátrico. Segundo o laudo do Instituto Médico Legal (IML), Vitória foi estrangulada no mesmo dia em que desapareceu, no dia 8 de junho. O corpo foi encontrado oito dias depois, numa mata, na Estrada de Aparecidinha.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.