Praia no Parque Villa-Lobos? Saiba como é projeto que prevê 8 mil m² de orla no local

Com previsão de entrega para agosto, área terá quadras de areia, calçadão e quiosques

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Foto do author Ana Lourenço

Cerca de 8 milhões de pessoas se deslocam, anualmente, até a zona oeste de São Paulo para explorar parte dos 732 mil m² do Parque Villa-Lobos. A previsão é de que até o fim de agosto o local ganhe uma novidade: a Orla Villa-Lobos, espaço de 8 mil m², em parceria com a empresa Orla Brasil, que promete trazer uma “praia” para a cidade. O pé na areia é garantido, assim como quiosques e espaços para esportes “praianos”. Mas, para se refrescar, não vai ter chance de mergulho na água: está previsto apenas um parque infantil com chafarizes.

A entrada será gratuita, assim como as aulas de beach tennis, futevôlei, yoga e luta, diante do agendamento via aplicativo, em modelo similar ao atual. A área também contará com quatro espaços gourmets com restaurantes, sete quiosques com conveniências, estrutura com banheiros equipados com duchas, vestiário e armários.

Simulação da entrada do projeto Orla Villa-Lobos; local terá quiosques e espaços para esportes. Foto: Divulgação/Orla Villa-Lobos

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O uso, livre e gratuito, passará, no entanto, por uma vistoria da empresa. De acordo com eles, conforme previsto no edital de concessão, parte das novas quadras adicionais também poderá ser usada por assessorias ou grupos em casos específicos.

“São cinco quadras, nunca todas estarão fechadas para uso. Será como na praia: quer contratar um professor para jogar futevôlei, contrata. Senão, pega uma bola e faz uma altinha com um amigo”, diz Guilherme Borges, sócio-fundador da Orla Brasil.

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A Orla também se esforça na questão da sustentabilidade: medidas com foco em compostagem e reciclagem deverão destinar menos de 10% dos resíduos sólidos gerados aos aterros sanitários, assim como já ocorre em outras ações adotadas pelo parque. Relatórios automáticos de eficiência energética e hídrica, desenvolvidos pela empresa islandesa Klappir, estarão disponíveis ao público, demonstrando os resultados sustentáveis das operações.

Clima de praia será característico no espaço, mesmo sem mar. Foto: Divulgação/Orla Villa-Lobos

A novidade prevê trazer mais visitantes ao parque especialmente durante os dias de semana - que tem visitas 15 vezes menores do que aos sábados, domingos e feriados. Aos finais de semana, o espaço pretende hospedar comemorações de aniversários e happy hours, sem afetar os outros visitantes. “Não será uma casa noturna”, diz Borges.

“Quando a gente fala de clube, associamos ao Pinheiros, Paulistano, essa coisa fechada de muros, né? Mas não tem nada disso. A gente vai ter um espaço temático dentro do Villa-Lobos”, garante ele.

Ao redor das quadras - que já tiveram as construções iniciadas neste mês -, haverá calçadão, quiosques e espaços de conveniência no intuito de “complementar a experiência das pessoas que estão usufruindo o espaço”.

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A Associação dos Amigos de Alto de Pinheiros (SAAP) se preocupa, entre outras coisas, com a transformação permanentemente de uma área pública, redução da área verde para prática livre de esportes e criação de um espaço privado dentro de um público.

“Está sendo bem difícil para a SAAP lidar com a Concessão dos Parques Villa-Lobos e Cândido Portinari. Tudo isso é muito novo e regido por um contrato que permite a exploração com liberdade empresarial. Temos tentado pedir regras mais claras, limites e transparência”, declarou a associação, em nota.

De acordo com Rodrigo Mathias, CEO e sócio do DC Set (empresa que comanda o Reserva Parques, concessionária do Villa-Lobos desde 2022), não haverá nenhuma supressão de árvores, e sim a ampliação de quadras de esportes de areia (hoje o parque conta com duas).

Projeção da orla vista de cima; espaço terá 8 mil m². Foto: Divulgação/Orla Villa-Lobos

“Todos movimentos que já fizemos e que faremos está no master plan do parque, e garante que o plano diretor original do parque e o número de equipamentos daquela determinada modalidade seja preservado. Então, a visão é de ampliação do número de equipamentos esportivos para que a comunidade seja beneficiada com a melhoria do espaço público”, afirma.

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Assim, pretendem fazer mais ativações com marcas, “aulões” e incentivar novos esportes na área. “Não é porque o parque nasceu de uma forma que ele tem que permanecer dessa forma para sempre. É um espaço orgânico”, resume Mathias.

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