Prefeitura homologa tombamento da Chácara Sabbado D'Ângelo, na zona leste de SP

Associação católica tentou reverter decisão; imóvel centenário já é tombado em nível estadual

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Foto do author Priscila Mengue

SÃO PAULO - O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), homologou nesta quarta-feira, 11, o tombamento municipal da Chácara Sabbado D'Ângelo, localizada em Itaquera, na zona leste da capital paulista. Proprietária do imóvel, a Associação Cultural Nossa Senhora de Fátima chegou a recorrer da decisão do Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), que não acatou o pedido. 

O local já tinha a preservação determinada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat) desde 2015. Erguido há cerca de 100 anos, foi residência do empresário Sabbado D'Ângelo, dono da fábrica de cigarros Sudan, que ficava localizada no Brás. "A Chácara Sabbado D’Ângelo e seu entorno espelham as transformações dos subúrbios paulistanos", diz a resolução de tombamento.

Chácara Sabbado D'Ângelo é tombadapelo Estado e pela Prefeitura de São Paulo Foto: Reprodução/Google Street View

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O Conpresp decidiu pelo tombamento da chácara, localizado naSabbado D'Ângelo, em uma reunião extraordinária realizada em janeiro de 2018. Dentre os argumentos levados em consideração, está o "valor cultural" do imóvel, que foi construído no primeiro loteamento da região, que ocupava a área da antiga Fazenda Caaguassu, dividida em lotes de 10 mil metros quadrados destinados a chácaras e casas de veraneio. 

Além disso, o tombamento considerou a linguagem arquitetônica da chácara, que reúne elementos de casas suburbanas, como espaços verdes, terraços, telhados com amplos beirais, dentro de uma "roupagem cenográfica e monumental, herdeira de soluções barrocas".

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De acordo com a determinação, deverão ser preservados os aspectos externos do casarão, do portão de acesso e da área ajardinada. No jardim, serão permitidas intervenções e construções desde que "sejam mantidos eixos visuais que possibilitem a compreensão da edificação em sua totalidade". 

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Qualquer mudança no lote deverá, contudo, ser previamente submetida à análise do Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) e à aprovação do Conpresp.

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