Sob forte esquema de segurança, os 142 presos na operação da Polícia Civil que desarticulou uma milícia que atuava em Santa Cruz,na zona oeste do Rio, no sábado, 7, foram transferidos para a penitenciária Bandeira Stampa (Bangu 9), no Complexo Penitenciário de Gericinó, no início da noite deste domingo, 8.
Os presos estavam na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte. O local, onde também estão os presos da versão carioca da Lava Jato, tem uma ala que funciona como “porta de entrada” do sistema penitenciário fluminense. Ali, é feita a triagem dos detentos.
A operação que desmantelou o bando foi considerada pelo diretor do Departamento Geral de Polícia Especializada, Marcus Vinícius Braga, a maior já realizada no combate às milícias da história da Polícia Civil. A ação prendeu a quadrilha durante uma festa com música e até pulseirinhas vip no Sítio Três Irmãos, na madrugada de sábado, 7.
Houve confronto entre os policiais e criminosos, com intenso tiroteio. Foram mortos quatro suspeitos. Eles atuariam como “seguranças” da quadrilha.
Entre os presos estão dois soldados do Exército, um da Aeronáutica, um bombeiro militar e sete menores.Também foram apreendidos 13 fuzis, 15 pistolas, quatro revólveres, uma réplica de fuzil, algemas, simulacros de fardas, carregadores, uma granada e dez carros roubados. Inicialmente, a Polícia Civil divulgara ter apreendido 25 fuzis, mas corrigiu o número.
A operação foi realizada por agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), daCoordenadoria de Recursos Especiais (CORE) e da 27ª (Vicente de Carvalho) e 35ª (Campo Grande) Delegacias de Polícia. Segundo informações da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança, entre 2006 e o primeiro trimestre de 2018, 1.387 pessoas supostamente ligadas a milícias foram presas no Estado do Rio.
Em entrevista na Cidade da Polícia, no bairro do Jacaré, na zona norte, no sábado, o secretário de Segurança, general Richard Nunes, deu parabéns aos policiais que participaram da operação. Ele afirmou que operações semelhantes estão sendo planejadas e serão executadas em curto prazo.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.