Ofensas à mãe marcam reconstituição do assassinato de adolescente gay

Acusada de matar o filho de 17 anos, Tatiana Lozano foi chamada de 'assassina' por manifestantes ao mostrar para a polícia como o rapaz foi morto em Cravinhos

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Por Rene Moreira

FRANCA - Gritos de "assassina" e outros xingamentos marcaram a reconstituição do crime envolvendo Itaberlly Lozano, de 17 anos, no final da tarde desta quinta-feira, 2, em Cravinhos, no interior de São Paulo. A mãe do rapaz, Tatiana Lozano, acusada pelo assassinato do filho, mostrou como ele foi morto e teve o corpo queimado em um canavial. 

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Tatiana, no entanto, nega ter esfaqueado o filho e que o motivo seja homofobia. Já a polícia viu contradições nos depoimentos da mulher, do padrasto e de dois jovens, que também estão presos por participação no caso.

O delegado Helton Renz disse que a mãe voltou atrás após confessar a autoria e agora culpa os rapazes pelas facadas que mataram o filho. Porém, confirma ter ajudado a levar o corpo para o canavial e depois voltado lá para incendiá-lo. 

Segundo a Polícia Civil, a mãe voltou atrás após confessar a autoria do crime e agora culpa os rapazes pelas facadas que mataram o filho Foto: Google Street View/Reprodução

Os outros envolvidos não participaram da reconstituição do crime, cometido no fim do ano passado. Além deles, uma adolescente de 16 anos também está apreendida por participação no caso.

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"A mãe confirma apenas ter queimado o corpo com gasolina", contou o delegado. 

Apesar das alegações, o Ministério Público já adiantou que pretende apresentar denúncias contra ela por homicídio, causado por homofobia, e ocultação de cadáver.

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