PUBLICIDADE

Quadrilha rouba R$ 5 milhões em apartamento de médica nos Jardins; suspeitos são presos

Três adultos e três menores de idade foram localizados em restaurante na orla da Praia das Pitangueiras, no Guarujá, com carros de luxo

PUBLICIDADE

Foto do author Ítalo Lo Re
Atualização:

Seis suspeitos de furtar R$ 5 milhões em relógios, joias e outros objetos de valor após invadir o apartamento de uma médica foram presos pela Polícia Civil nesta terça-feira, 25, no Guarujá (SP), na região litorânea do Estado. O crime ocorreu no início do mês nos Jardins, zona central da capital paulista.

Conforme o delegado do caso, os suspeitos – três adultos e três menores de idade – foram até o litoral para desfrutar do dinheiro obtido com o crime e sondar novos alvos. O grupo estava distribuído em três carros de luxo e foi localizado em um restaurante na orla da Praia dos Pitangueiras. Parte deles já tinha passagem pela polícia por furto a residência.

Polícia Civil de São Paulo localizou os suspeitos no Guarujá e os prendeu nesta quinta-feira, 27. Foto: Marcio Fernandes/Estadão

PUBLICIDADE

“Nós tínhamos conhecimento que eles estavam agindo e nós intensificamos as investigações nos últimos 15 dias, quando fomos acionados para identificar (quem estava envolvido) em alguns furtos que tinham ocorrido na área dos Jardins”, afirmou ao Estadão o delegado Fabio Sandrin, titular da 4.ª Delegacia Patrimônio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) da Polícia Civil.

O furto ao apartamento da médica, explicou, ocorreu no último dia 8, em pleno horário de almoço. Segundo o delegado, as investigações indicaram que um dos menores, de 15 anos, foi o responsável por se aproveitar da troca de turno entre os porteiros e entrar no prédio. Ele ficou no apartamento por cerca de uma hora e saiu com uma só mochila, com mais de dez relógios, joias e outros objetos. O prejuízo teria sido de R$ 5 milhões.

Enquanto os objetos eram furtados, as investigações indicaram que três dos suspeitos ficaram do lado de fora vigiando a situação. “Ficam no carro, ficam fazendo a cobertura. Mantendo contato com quem está lá dentro, observando a movimentação da rua”, afirmou. Já os outros dois detidos teriam sido responsáveis por levantar informações prévias da vítima e planejar o crime.

Litoral

Como o furto foi bem sucedido, as investigações indicam que a quadrilha vendeu os pertences e foi para o Guarujá. “Estavam no litoral curtindo, aproveitando, usufruindo do dinheiro amealhado por produto do roubo e também estavam aproveitando para dar uma olhadinha se havia alguns potenciais locais para eles poderem fazer alguns furtos lá também”, disse Sandrin.

Após apuração inicial, investigadores da Polícia Civil foram até a cidade e ficaram de campana a partir da última segunda-feira, 24, indicam informações do boletim de ocorrência, ao qual o Estadão teve acesso. “Constatamos que eles até alugaram barco para passear, estavam gastando”, disse o delegado. Na terça, a polícia prendeu os suspeitos em um restaurante na orla da praia.

Publicidade

O grupo estava, segundo a polícia, distribuído em três carros: uma Mercedes-benz A200, um Ford Fusion e um Hyundai Elantra. Os dois primeiros – um deles comprado dois dias após o furto à residência da médica – foram apreendidos pela polícia, mas o terceiro veículo não foi localizado. Os celulares dos suspeitos também foram confiscados. As diligências continuam para tentar levantar mais informações.

Modus Operandi

Segundo Sandrin, a quadrilha tinha como base a região do Glicério, zona central de São Paulo, e era especializada em cometer furtos a residências. “Eles vão na cara de pau, tentam entrar alegando que são funcionários. Como são adolescentes, muito jovens, vão arrumadinhos no dia, já vão entrando. Não param para interfonar, já vão entrando justamente para o porteiro liberar achando que é morador.”

Os focos são casas e condomínios em regiões nobres, como os Jardins. A maior parte de casos desse tipo, informou o delegado, são furtos, mas há também registros de roubos. “O objetivo é entrar quando não tem ninguém. Se tiver alguém, eles também usam de violência, grave ameaça, para conseguir concluir o crime”, afirmou o delegado.

Recentemente, uma enfermeira de 81 anos foi morta asfixiada no Sacomã, zona sul de São Paulo, após ter a casa invadida por uma quadrilha. O caso foi registrado como latrocínio.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.