O governo de São Paulo anunciou na quinta-feira, 14, que as tarifas do transporte de Metrô, trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e trens privatizados terão aumento de R$0, 60 centavos sobre o atuais R$ 4,40. A nova tarifa será de R$ 5 a partir de 2024.
Com o reajuste, os passageiros terão de pagar, em média, R$ 26,40 a mais por mês no transporte sobre trilhos em dias úteis. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), já sinalizava sobre a intenção de aumentar o preço das tarifas das linhas férreas desde o mês passado. Segundo ele, caso os valores não fossem corrigidos, haveria a possibilidade do serviço “cair de qualidade”.
Veja as principais perguntas e respostas sobre o aumento das tarifas.
Qual será o valor das tarifas?
As passagens de metrô e trem vão aumentar de R$ 4,40 para R$ 5 - reajuste de 13,6%, com base no Índice de Preços Ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas - Fipe. (IPC-Fipe). O porcentual é menor do que a inflação de 28% acumulada desde 2020, quando aconteceu a última correção das passagens.
O preço das passagens de ônibus também vai aumentar?
As tarifas dos ônibus municipais, operados pela SPTrans, não serão reajustados, conforme informou a Prefeitura de São Paulo. Portanto, as passagens para este tipo de transporte vão permanecer em R$ 4,40.
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Quando vai aumentar o metrô e trens?
As tarifas com os novos valores de R$5 para metrô e trens da CPTM e linhas privatizadas começam a ser cobradas a partir de 1º de janeiro de 2024.
Os ônibus da EMTU terão aumento?
Sim, passarão a custar R$ 5.
Quanto fica a integração ônibus-metrô 2024?
O preço da integração ônibus-metrô/trens passará dos atuais R$ 7,65 para R$ 8,20, o que corresponde a um aumento de 7,19%, segundo a Secretaria de Transportes Metropolitanos de São Paulo (STM).
Por que as passagens serão reajustadas?
De acordo com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), a manutenção do preço das passagens a R$ 4,40 está “insustentável”. Segundo ele, a falta de receita vinda da compra das tarifas corrigidas poderia afetar a qualidade dos serviços de transporte do Estado.
Além disso, conforme o governador, para manter os subsídios que ajudam a mantar as passagens ao preço de R$ 4,40, seria necessário tirar dinheiro de áreas prioritárias, como saúde, o que desequilibraria as contas públicas.
O governo deixará de subsidiar o transporte sobre trilhos?
Não. Tarcísio disse também que o governo continuará aportando subsídios e que vai gastar cerca de R$ 2 bilhões para o funcionamento da atividade. “O subsídio ainda vai ser pesado no ano que vem. O reajuste que está sendo aplicado não traz neutralidade para a tarifa, não traz a receita neutra. Ou seja, o Estado ainda vai aportar dinheiro para subsidiar o transporte”, afirmou.
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