Desde a metade de julho, o trecho da Avenida Santo Amaro entre as avenidas dos Bandeirantes e Juscelino Kubitschek está com sinalização de obras e algumas interdições. Durante os próximos 18 meses, os 2,5 km serão revitalizados.
As obras incluem aplicação de pavimento de concreto nas faixas do corredor de ônibus, adição de faixa de ultrapassagem para aumento da velocidade média dos ônibus e novas paradas, que trarão mais conforto aos usuários.
Outra medida importante é o enterramento de toda a fiação, numa parceria da Prefeitura com as concessionárias – a retirada dos postes é fundamental para a ampliação do passeio, permitindo a acessibilidade universal nos dois lados da avenida. Essa transformação abrirá espaço para projetos paisagísticos de ampliação das áreas verdes e uma nova iluminação, com tecnologia LED, mais eficiente e sustentável.
Segurança e conforto
Os futuros benefícios para a mobilidade são um alento para quem transita por ali com frequência. Os comerciantes instalados na avenida também esperam um impacto positivo em seus negócios. “Estamos acompanhando as obras com entusiasmo, porque certamente trará mais conforto para todos que circulam por aqui”, diz Neilson Lacerda, proprietário do NewPoint Bar e Restaurante, instalado há mais de 20 anos na Avenida Santo Amaro. Com 50 lugares muito disputados na hora do almoço, o empreendimento é um ponto natural de convergência de pedestres. “Percebo que a expectativa dos clientes com essas obras é muito positiva. Todo mundo gosta de circular em lugares mais agradáveis e seguros.”
Efeito multiplicador
“São sempre bem-vindas intervenções que melhorem a qualidade de vida das pessoas, respeitem a diversidade cultural, social e etária e abram espaço para modais mais suaves, como caminhadas, bicicletas e patinetes”, diz o arquiteto e urbanista Valter Caldana, professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie e coordenador do Laboratório de Políticas Públicas da instituição.
Ele ressalta a importância especial do corredor de ônibus da Avenida Santo Amaro, que foi o primeiro a ser implantado na cidade e representa a principal ligação com a Zona Sul da capital. “Muita gente passa por ali e depende dessa conexão para ter acesso às outras regiões da cidade. Melhorias nessa área têm um efeito multiplicador muito grande”, observa o professor.
De acordo com a Prefeitura de São Paulo, o investimento total para a mudança é de R$ 62,6 milhões, com recursos advindos da Operação Urbana Consorciada Faria Lima, criada para vender potencial construtivo para os empreendedores e utilizar a arrecadação para promover benefícios na própria região. Sua concepção foi apoiada no Plano de Melhoramentos Viários (Lei n° 14.193/2006) e nas diretrizes do Plano Diretor Estratégico.
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