Estação de Tratamento de Esgoto da Sabesp ao lado do Rio Tietê: para termos rios mais limpos, não podemos jogar lixo na rua. Foto: Sabesp/Divulgação
Foto: Sabesp/Divulgação

Sabe para onde vai o seu esgoto?

Confira cada etapa do processo de tratamento, que traz saúde para sua família

22/03/2025 | 12h20

Abriu a torneira, ligou o chuveiro ou deu a descarga. Pronto. Começou a produzir esgoto. Onde há rede de coleta 100% segura, o trajeto do líquido – formado também pela utilização da água para diversos fins, como lavagem de roupa, utensílios de cozinha e o banho – já se desenrola desde a casa das pessoas, comércios e até indústrias. Até chegar a tubulações na rua.

Ao ganhar o mundo, sempre de forma subterrânea, o esgoto segue até os tubos com diâmetros maiores, poços de inspeção e de visita que vão dar em tubulações grandes chamadas de coletor-tronco e interceptor – alguns com um diâmetro de metros, onde até pode passar um carro.

O interceptor leva os esgotos até uma estação de tratamento. Ele recebe esse nome porque intercepta o líquido antes que ele chegue aos córregos e rios. É assim, portanto, que o sistema de tratamento de esgoto ajuda a despoluir os rios paulistas.

Os interceptores desembocam nas ETEs (Estações de Tratamento de Esgoto). Lá, o material é processado, e a sujeira, removida. Após tratados, podem ser lançados em rios, em lagos ou no mar.

Entendendo todo o cami­nho do esgoto, fica fácil perce­ber o benefício que existe quando a coleta desses resíduos existe e é feita do jeito certo. O resulta­do, nesses locais, é a redução da mortalidade infantil e de doenças, como verminoses, hepatite, barriga d’água e có­lera. Dessa forma, os moradores correm menos risco de viver com o mau cheiro e a sujeira, o que apenas favorece a reprodução de ratos, baratas e muitas bac­térias prejudiciais à saúde.

Mais poder de processamento

Com mais esgoto sendo coletado, vai ser necessário existir mais capacidade de tratamento nas estações que atendem a região metropolitana.

Na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Parque Novo Mundo, as obras em curso vão aumentar a quantidade de esgoto tratado de 2,5 mil litros por segundo para 6,2 mil litros por segundo. Sendo que, para efeito de comparação, uma caixa d’água de 500 litros é o suficiente para o consumo de um casal que mora sozinho em casa.

Na ETE São Miguel Paulista, a capacidade deve crescer de 1,5 mil litros por segundo para 5,5 mil litros por segundo.

E na estação de Barueri, entre os municípios de Carapicuíba e Barueri, os planos são expandir a capacidade de tratamento de esgoto de 16 mil litros por segundo para 22 mil litros por segundo.

Um pouco de história

Nos últimos 30 anos, os investimentos realizados na ampliação do sistema de coleta e tratamento de esgoto na capital e na Grande São Paulo já expandiram o serviço para uma população de mais de 12 milhões de pessoas.

É como se a população de toda a região metropolitana do Rio de Janeiro passasse a ter acesso à infraestrutura de saneamento básico.

A vazão de esgoto tratado registrada agora é quase seis vezes maior do que em 1992, ampliando o tratamento de 24% para 85% do volume coletado.

Esgoto tratado garante mais saúde e qualidade de vida

Não existe qualidade de vida, pessoas saudáveis e dignidade sem coleta e tratamento de esgoto. Por isso, étão importante levar esse benefício para todos. Dessa forma, ao seguir seu caminho e ser tratado de forma correta, o esgoto deixará de ser um agente de doenças. O meio ambiente mais limpo também faz bem para o planeta.

De acordo com o planejamento anunciado pela Sabesp, as metas estabelecidas de universalização pelo Marco Legal do Saneamento para 2033 serão antecipadas para 2029. Levar água de qualidade e esgoto tratado inclui áreas informais e rurais, que não eram consideradas atendíveis antes da desestatização. Assim, a Companhia vai oferecer água potável e esgoto tratado para famílias que antes não estavam contempladas. O investimento até 2029 é de mais de R$ 60 bilhões e contempla 375 municípios paulistas onde a Sabesp opera.

A participação da sociedade com a destinação correta dos resíduos é essencial para que todo o investimento feito na despoluição dos rios não seja prejudicada. Assim, não se deve jogar lixo nas ruas nem nos rios. Quando chove, todo esse material é arrastado para dentro dos rios e acaba no Tietê. Para ter uma ideia, em 2023 e 2024, foram retiradas só do Rio Pinheiros 77,4 mil toneladas de lixo flutuante (por exemplo, marmita, sacola, sofá e outros tipos de resíduos) de dentro do rio.

Especial Dia Mundial da Água: para celebrar esta importante data, o Estadão Blue Studio, em parceria com a Sabesp, preparou um especial sobre o tema, que traz informações sobre como aderir e manter o Cadastro Único atualizado para garantir a tarifa social e obter descontos na conta de água; mostra onde estão as obras de saneamento; além de mais informações e curiosidades sobre tecnologias, rede de esgoto e outros temas. Acesse e confira.

Tudo Sobre