Este conteúdo é parte da Agenda SP, conjunto de temas cruciais para o desenvolvimento da cidade de São Paulo. A Agenda SP estará presente em toda a cobertura do Estadão das eleições: reportagens, mapas explicativos, nos debates Estadão/ FAAP/ Terra, sabatinas com candidatos e no monitoramento semanal de buscas do cidadão paulistano.
Desde a tarifa de ônibus a propostas de novos meios de transporte coletivo, a mobilidade urbana costuma ser (e novamente tem sido) um tema presente nas discussões e planos de governo das eleições municipais. Somada a isso, a crise climática aumenta a demanda por modais menos poluentes.
Investimentos na ampliação e na qualidade desses serviços são cobranças frequentes da população de, ainda mais em uma cidade em que tanta gente perde horas diárias em deslocamentos.
Entre ônibus, metrô, carro, trem e bicicleta, os moradores de São Paulo levam, em média, 2 horas e 25 minutos para se deslocar pela cidade para as suas atividades diárias, segundo pesquisa da Rede Nossa São Paulo. Se considerar só quem se desloca com transporte público, a média paulistana é de 2 horas e 47 minutos
Além disso, essa rotina é desigual. Há bairros mais atendidos por diferentes meios de transporte do que outros, especialmente no centro expandido. Isto é, enquanto algumas vizinhanças têm metrô, corredor de ônibus, trem e ciclovia, outras não têm sequer uma dessas alternativas — importantes para dar mais fluidez nos deslocamentos e para reduzir impactos ambientais (embora os ônibus ainda sejam, em grande parte, a diesel).
Enquanto metrô e trem são de responsabilidade do Estado, a implementação e a manutenção dos corredores de ônibus e das ciclovias são dever essencialmente da Prefeitura. Da mesma forma, é a gestão municipal que fixa o valor da tarifa dos ônibus municipais. Isso geralmente é definido em dezembro - a passagem está congelada em R$ 4,40 na capital desde 2020.
A proximidade do transporte é tão importante que é um dos cernes do Plano Diretor e da Lei de Zoneamento de São Paulo. Há cerca de uma década, essas leis municipais dão incentivos atraentes ao mercado imobiliário para construir apartamentos perto de metrô, trem e corredor de ônibus, a fim de reduzir os grandes deslocamentos pela cidade, por exemplo.
A mobilidade se trata, portanto, de um tema que é interligado com outras áreas da gestão municipal, como a política urbana. Especialistas têm ressaltado a importância de um planejamento multissetorial, entre diferentes pastas.
Afinal, você sabe quais são os locais da cidade mais ou menos assistidos pelo transporte coletivo de média e alta capacidade (metrô, trem e corredor de ônibus)? E quais são aqueles que fazem parte da rede cicloviária paulistana, com ciclovia e ciclofaixas? Busque a resposta no mapa a seguir
Com base em microdados da plataforma oficial da Prefeitura, o Estadão desenvolveu a ferramenta com a distribuição das estações de metrô, monotrilho e trem, dos corredores de ônibus e da rede cicloviária.
Segundo a Prefeitura, a base de dados ainda não contempla toda a extensão dos corredores Itaquera-Líder, na zona leste, e Ponte Baixa, na sul. Também é possível fazer a busca por endereço, para identificar qual fica mais perto da sua casa ou trabalho, por exemplo. Confira o mapa abaixo:
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