Três grupos atuaram em ataques em Osasco e Barueri, diz secretário

Investigações a partir de laudos periciais e cruzamento de balística apontam que mortes foram provocadas por ao menos dez criminosos

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Atualizada às 14h39

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SÃO PAULO - Ao menos três grupos diferentes atuaram na chacina que deixou 18 mortos e seis feridos em Osasco e Barueri, disse nesta segunda-feira, 17, o secretário de Segurança Pública, Alexandre de Moraes. Investigações a partir de laudos periciais e cruzamento de balística também apontam que as mortes foram provocadas por ao menos dez criminosos.

Moraes se reuniu na manhã nesta segunda com a cúpula da Polícia Civil na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para tratar das investigações sobre a chacina. "Uma reunião de trabalho para acelerar a investigação e verificar quais medidas judiciais serão necessárias a partir de hoje para auxiliar na investigação", afirmou Moraes. 

A Corregedoria da Polícia Militar (PM) vai apresentar provas da investigação na tarde desta segunda-feira. A principal linha de investigação aponta PMs como responsáveis pela chacina. 

"Tenho hoje uma reunião com o comandante-geral e o corregedor da PM, para que nós possamos também juntar essas provas obtidas", confirmou o secretário na saída do encontro com a cúpula da Polícia Civil no DHPP. Depois, a força-tarefa vai se reunir para consolidar o balanço das investigações. 

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Ainda segundo o secretário, já foram levantados nomes de possíveis autores do crime, mas a polícia ainda trabalha para reforçar as provas. "Nós temos alguns indivíduos indicados e vamos seguir para saber se vão virar suspeitos", disse Moraes.

Questionado se os nomes eram de policiais militares, o secretário preferiu não comentar. "Vamos aguardar as próximas diligências porque qualquer informação a mais pode atrapalhar as investigações." 

Em princípio, os investigadores trabalham com a hipótese de ao menos dez criminosos, divididos em dois carros e uma motocicleta. Os policiais também querem saber se outros veículos deram cobertura aos bandidos.

Segundo Moraes, nenhuma testemunha foi ouvida pela manhã. À tarde, serão ouvidas vítimas que estavam no hospital, além de parentes e moradores das regiões em que houve ataques.

A hipótese de que guardas civis de Barueri agiram em conjunto com PMs também não está descartada. O secretário afirma, contudo, que ainda é preciso provar a correlação entre os casos de Osasco e os de Barueri.

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Em Osasco, quatro armas diferentes foram usadas em três eventos. Elas seriam correspondentes aos ocupantes do Peugeot prata, que também aparece em imagens de câmeras de segurança. Em uma motocicleta teriam atuado outras duas pessoas na cidade.

Já em Barueri, os laudos apontam para quatro armas simultâneas que atuaram em dois eventos.O secretário informou ainda que vai editar uma resolução para permitir pagamento de recompensa de até 50 mil para quem der informações que levem até os criminosos.

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