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Segurança em escolas: Guardas-civis mapeiam rotas de fuga; novos agentes começam só em junho

Na próxima quinta-feira, 20, será realizada ação nos colégios municipais com atividades lúdicas e fortalecimento de vínculo entre toda a comunidade escolar

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Foto do author Renata Okumura
Atualização:

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirma que o Município está realizando ações de enfrentamento dentro das escolas de forma a não gerar pânico na população. Após casos de atentados ocorridos em escolas de São Paulo e em Santa Catarina, autoridades têm adotado medidas para reforçar a segurança no ambiente escolar.

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As ações para a ampliação da ronda escolar já estão sendo feita de forma gradativa - a previsão é ter 96 veículos para esse uso, com 50% de aumento da quantidade das viaturas da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Mas os novos agentes da corporação começam só em junho, segundo disse o prefeito à Rádio Eldorado nesta segunda-feira, 17.

“Já foi feito concurso para a contratação de mais profissionais. Estamos com mil guardas-civis na academia, que começam suas atividades no início de junho, e em seguida quando esses mil saírem da academia, já entrarão mais 500. Portanto, neste ano, teremos 1,5 mil guardas civis metropolitanos a mais. Atualmente, nosso efetivo é de 5.850 guardas civis metropolitanos”, afirmou Nunes.

“E, vamos elevar para 96 o número de viaturas para uso exclusivo na ronda escolar. Isso já está sendo feito de forma imediata. Nós só estamos remanejando alguns deles para poderem atuar mais próximos das escolas, junto com a comunidade escolar”, acrescentou.

Conforme o prefeito, dentro deste efetivo para atuar dentro das escolas, há inclusive um treinamento específico para que os guardas-civis possam estudar as escolas e identificar rotas de fuga.

“Esses guardas-civis fazem em todas as escolas o reconhecimento da área, ou seja, para entender como entrar nas escolas, entender onde é a saída, os pontos por onde circulam os alunos, onde fica a diretoria e cada sala de aula. Todo o preparo do reconhecimento da comunidade escolar. Quando eu tiver, em junho, esses mil guardas-civis, eu vou poder ampliar ainda mais o efetivo”, disse Nunes.

Cultura de paz dentro das escolas

Na próxima quinta-feira, 20, será realizada uma ação nas escolas municipais com atividades lúdicas e fortalecimento de vínculo entre toda a comunidade escolar.

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“Todas as secretarias estarão envolvidas com o nosso núcleo pedagógico buscando uma aproximação ainda maior entre pais, alunos, docentes e funcionários das escolas. Criar ambiente de cultura de paz, de atendimento e acolhimento é um dos itens mais fundamentais neste momento”, afirmou Nunes.

Retomada das aulas na escola Thomazia Montoro, Na Vila Sônia, no último dia 10, onde um aluno de 13 anos atacou professores e colegas na semana anterior.  Foto: Werther Santana/Estadão

Botão de Alerta

A prefeitura lança na próxima quarta-feira, 19, seu próprio aplicativo, chamado “Botão de Alerta”, que funcionará para as unidades escolares municipais, estaduais e particulares da capital. Os apps terão sistema integrado e ambos servem para o acionamento das forças públicas em caso de emergência. Imediatamente, equipes da GCM, da Polícia Militar e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) serão enviadas à escola.

“Um sistema de alerta que, em caso de acontecer algum incidente, poderá ser acionado o botão com a GCM, interligado com a Polícia Militar e a Polícia Civil, terá um atendimento bem rápido”, continuou Ricardo Nunes.

Acolhimento para os estudantes

Segundo Nunes, a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Educação, já mantém o núcleo de apoio de acompanhamento para a aprendizagem, que tem ações multidisciplinares. “Dentro do núcleo, temos nossos psicólogos. E estamos ampliando em 25% nossas equipes”, afirmou.

Ele lembra ainda a ampliação do programa Mães Guardiãs, que foi criado no retorno às aulas presenciais para reforçar as medidas de segurança contra a covid-19. “São mães que têm os filhos nas escolas, já fazem parte da comunidade escolar. Têm filhos nas unidade escolar. Estamos ampliando de 5 mil para 7 mil mães”, afirmou Nunes. As mães dos alunos que participam do programa recebem salário de R$ 1.367 para desempenhar o papel. Elas terão treinamentos específicos contra violência.

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