Auditores-Fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego interditaram o setor de circulação de trabalhadores envolvidos na limpeza, movimentação de bagagens e abastecimento de aeronaves do Aeroporto de Congonhas nesta quinta-feira, 4.
De acordo com a Delegacia Sindical de São Paulo do Sindicado Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait-SP), foram encontrados durante a fiscalização falta de medidas protetivas para o deslocamento dos trabalhadores “configurando risco grave de atropelamento e alta probabilidade de ocorrência de morte”.
Segundo o Sinait, a circulação somente poderá ser retomada no local, com autorização da fiscalização trabalhista, se forem comprovadas a adoção de medidas emergenciais determinadas em notificação encaminhada à concessionária responsável pelas operações do aeroporto, a Aena.
Por sua vez, a empresa afirmou estar avaliando os termos da interdição e as medidas a serem adotadas já que “tem como prioridade a segurança das operações aéreas e de todos os colaboradores que trabalham nos aeroportos sob gestão da Aena, atuando de forma ostensiva em políticas de segurança do trabalho”.
“A interrupção da circulação de trabalhadores à pé entre as posições de estacionamento das aeronaves causará grandes transtornos à operação do aeroporto”, acrescenta a nota divulgada pela concessionária.
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A empresa alega que a operação aeroportuária é complexa e naturalmente envolve a presença de pessoas e veículos no pátio interditado. No comunicado, a concessionária afirma seguir o padrão de faixa de circulação de pedestres adotado em outros aeroportos do Brasil e do mundo e que não há ocorrência de incidentes com vítimas no aeroporto desde o início da gestão, em outubro de 2023.
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