Luiz Antônio Muniz de Souza e Castro afirma que a atual administradora Consolare destruiu o jazigo de sua família no Cemitério da Consolação. Segundo ele, já havia feito recadastramento, conforme solicitado pela Prefeitura de São Paulo em 2016.
Reclamação de Luiz Antônio Muniz de Souza e Castro: “Estou denunciando a violação de vários jazigos no Cemitério da Consolação, no centro da cidade, pela atual administradora Consolare. Destruíram o jazigo da minha família alegando abandono, mas eu fiz o recadastramento, conforme solicitado pela Prefeitura de São Paulo em 2016. Exumaram os restos mortais de parte da minha família, destruíram o jazigo e venderam para outro. Entreguei toda a documentação à administração do cemitério, denunciei para a polícia, para a ouvidoria da prefeitura e até agora nada aconteceu. O ossário do cemitério é uma coisa deprimente e insalubre.”
Resposta da Consolare: “A Consolare informa que realizou em abril de 2023 um mapeamento fotográfico de todos os jazigos do Cemitério da Consolação, identificando que o jazigo em questão estava em situação de abandono. O estado do mesmo foi confirmado em relatório de vistoria realizado pela Prefeitura de São Paulo em outubro de 2023 e, a partir daí, a concessionária deu início ao processo de retomada do espaço. A empresa não identificou, junto ao antigo sistema de registro da prefeitura, informações que permitissem localizar os sucessores diretos do responsável. Para tentar contato, foram realizadas publicações em jornais de grande circulação em três datas diferentes, sendo 20 de novembro e 20 de dezembro de 2023 e 6 de fevereiro deste ano, bem como um aviso no próprio jazigo. Esgotado o tempo de resposta e cumpridas todas as etapas exigidas no processo, o terreno foi retomado. Os despojos da família do antigo responsável foram exumados, identificados e armazenados no ossuário. A Consolare esclarece , ainda, que o munícipe mencionado se identificou na unidade como primo do antigo titular, mas não faz parte da linha sucessória direta da concessão, que passa de pai para filho e assim sucessivamente. Todas as informações e explicações foram passadas ao munícipe.”
Posteriormente, o leitor disse: “Eu fiz o recadastramento. A primeira pessoa sepultada no jazigo foi meu avô e depois minha avó. Quem comprou o túmulo foi um tio-avô. Como eles possuem meu cadastro, se quisessem poderiam ter ligado. Eles não possuem o direito sobre os restos mortais de uma família, ainda mais tendo como contatar o responsável pela família”, concluiu ele, ao reforçar que irá fazer valer os seus direitos.
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