As quatro vítimas que sobreviveram ao acidente aéreo da última quinta-feira, 9, em Ubatuba, litoral de São Paulo, foram transferidas para um hospital particular da capital paulista, nesta sexta-feira, 10. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual da Saúde.
Mireylle Fries e Bruno Almeida Souza, junto com os dois filhos pequenos, estavam hospitalizados no Hospital Regional do Litoral Norte, em Caraguatatuba (cidade próxima de Ubatuba). O Estadão apurou que o hospital particular para o qual foram transferidos é o Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Procurado, o hospital afirmou que não possui informações públicas sobre as vítimas do acidente. De acordo com pessoas próximas à família, o estado de Mireylle permanece grave, mas ela vem respondendo bem ao tratamento.
Mais cedo, nesta sexta, o Hospital Regional do Litoral Norte (HRLN) informou que Bruno e as duas crianças, de 4 a e 6 anos, permaneciam internados com quadro de saúde estável, e que a Mireylle, que estava em estado grave, tinha sido transferida para a capital. O marido e os filhos também acabaram sendo levados para o Sírio-Libanês mais tarde.
A família estava a bordo do avião que explodiu depois de tentar pousar no aeroporto de Ubatuba, vindo da cidade de Mineiros, em Goiás. Na aterrissagem, a aeronave não conseguiu parar na pista, atravessou o alambrado do terminal e explodiu na orla da praia do Cruzeiro. O piloto da aeronave, Paulo Seghetto, não sobreviveu ao acidente.
A Rede Voa, concessionária que administra o espaço disse que as condições meteorológicas “eram degradadas” e que a pista estava “molhada”.
A aeronave foi fabricada em 2008 e tinha capacidade para transportar até sete passageiros, além do piloto. Ela pertencia à família do produtor rural Nelvo Fries, familiar dos passageiros.
Segundo o especialista em aviação Lito Sousa, esse tipo de avião pode pousar em diferentes pistas, até mesmo não pavimentadas. Por isso, ela costuma ser procurada por produtores rurais.
As causas do acidente estão sendo investigadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). O Ministério Público de São Paulo também vai apurar o caso.