SP volta a registrar fortes chuvas, quedas de árvores; mais de 70 mil casas ficaram sem energia

Conforme a Enel, somente na capital foram mais de 56 mil endereços sem luz; bombeiros registraram 51 ocorrências de quedas árvores

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Foto do author Caio Possati
Atualização:

A cidade de São Paulo e municípios da região metropolitana da capital voltaram a registrar chuvas volumosas e vendavais na quarta-feira, 23.

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Segundo balanço da concessionária Enel, 74,3 mil clientes da companhia chegaram a estar sem energia elétrica, sendo 56,8 mil na capital paulista, por volta das 20h. Às 00h, o número de afetados tinha caído para 46,196 mil consumidores - 32,523 na cidade de São Paulo. Na manhã desta quinta-feira, 24, a Enel informou que são 32,184 sem energia, sendo 25,591 na capital.

A reportagem ouviu relatos de que na Vila Madalena, na zona oeste da cidade, as ruas Agisse e Luminárias ficaram sem luz, bem como na rua Alagoas, em Higienópolis, na região central.

Em bairros como Pompeia, Perdizes e Butantã, também na zona oeste da cidade; na República, Vila Buarque e Aclimação (região central), o fornecimento de energia ficou intermitente. A Enel diz que vai se manifestar via site, pelas atualizações do balanço do número de afetados.

Rua Luminárias, na Vila Madalena, na zona oeste, ficou sem energia nesta quarta-feira. Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Conforme o Corpo de Bombeiros, foram registradas 51 ocorrências de queda de árvores, sem vítimas, até as 19h10, além de 13 chamados para pontos de alagamento e inundação - os endereços não são informados. A queda de árvores, que acaba por danificar a fiação, é uma das principais razões para a interrupção do fornecimento de energia.

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Às 17h53, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), o órgão da Prefeitura de São Paulo responsável pelo monitoramento das condições meteorológicas na capital, colocou toda a cidade em estado de atenção para alagamentos. Os locais com maior concentração de chuva foram a região central, Vila Mariana e Aclimação, na zona sul.

As fortes precipitações, que podem evoluir para tempestades com ventos mais intensos, são reflexos de um ciclone extratropical que se formou no Sul do País, entre o Uruguai e a costa do Rio Grande do Sul.

Moradores e comerciantes da Grande SP temem por um novo apagão, semelhante ao provocado pelo forte temporal do dia 11 de outubro. Na ocasião, mais de 3,1 milhões de clientes da Enel, distribuidora de energia elétrica, ficaram sem luz na região - problema que se esticou por toda a semana seguinte.

A Defesa Civil do Estado de São Paulo afirma que vai reforçar as ações de prevenção e monitoramento após a previsão de chuvas e “ventos que podem ultrapassar os 70 km/h” no território paulista. A previsão é de que esses vendáveis sejam registrados entre quinta, 24, e sexta-feira, 25, e que um gabinete de crise seja montado para atuar neste período.

“De acordo com os meteorologistas, um sistema que atualmente está no Sul do País cria condições para rajadas de vento intensas”, alerta a Defesa Civil.

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“Atenção especial para a Baixada Santista e Região Metropolitana de São Paulo. Com isso, o órgão realizará atividades preventivas nessas regiões, em especial em áreas mais vulneráveis, com risco de desabamentos, alagamentos e ocorrências relacionadas a descargas elétricas”, acrescenta a Defesa Civil.

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