Após três dias consecutivos de fortes chuvas e registro de ao menos 75 chamados para queda de árvores em razão da condição climática na quarta-feira, 28, na capital e na região metropolitana de São Paulo, a chuva começa a se afastar. Os ventos que sopram do oceano, porém, continuam trazendo ar frio e úmido para a Grande São Paulo.
Nesta quinta-feira, 29, o céu permanece encoberto, com possibilidade de chuva leve e a sensação de frio na capital, segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE), órgão da Prefeitura. Os termômetros oscilam entre 12°C e 15°C. Os temporais devem voltar a atingir o Estado entre sexta-feira, 30, e sábado, 1º.
Ainda na quarta-feira, com dia novamente chuvoso, o Corpo de Bombeiros também registrou 10 chamados para desabamentos/deslizamentos (sem vítimas). Ocorrências semelhantes também já tinham sido registradas no dia anterior, após as fortes chuvas.
Na sexta-feira, 30, o céu permanece nublado e encoberto, com possibilidade de chuva de até moderada intensidade no início da tarde na capital paulista e região metropolitana de São Paulo. A temperatura permanece baixa entre 13°C e 17°C. Desta forma, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) também mantém o estado de atenção para baixas temperaturas em toda a capital paulista desde domingo, 25.
Uma frente fria avança pelo litoral do Sudeste e chega ao Espírito Santo nesta quinta, ajudando a espalhar nuvens de chuva por quase todo o interior desta região. Ainda de acordo com a Climatempo, há risco de chuva forte em áreas do Sudeste, Centro-Oeste e Norte do País.
Nesta quinta, a instabilidade predomina sobre o litoral paulista. No interior, o volume de chuva diminui, mas ainda há possibilidade de chuva moderada a forte intensidade em algumas localidades.
As condições para temporais devem aumentar entre sexta e sábado com acumulados elevados para a incidência de raios. Só no domingo, dia de eleições, o tempo deve melhorar, com previsão de chuva apenas no litoral paulista, na região Franca e em parte das regiões do Vale do Paraíba, de Ribeirão Preto, Barretos e São José do Rio Preto.
A Defesa Civil do Estado também alerta que até sábado há previsão de chuvas fortes e contínuas, seguidas de raios, ventos e granizo.
Setembro mais chuvoso na capital paulista
Até a manhã de quarta-feira, 28, a estação do Mirante de Santana, na zona norte da cidade, registrou 123,8mm de chuva neste mês de setembro de 2022, ficando 48,6% acima da sua média que é de 83,3mm.
Com isso, de acordo com a Climatempo, a capital paulista registrou o setembro mais chuvoso dos últimos sete anos, desde 2015, quando acumulou 202,4mm e 201,7mm nas estações automáticas e convencional do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), respectivamente.
Na última terça-feira, 27, a cidade de São Paulo também registrou a maior quantidade de raios em um dia desde meados de março. Foram registrados 154 raios e 405 descargas elétricas atmosféricas. Conforme a Climatempo, enquanto as descargas atmosféricas são geradas pelas nuvens de tempestades e podem ou não se conectar ao solo, os raios são apenas as descargas que se conectam ao solo.
Dia chuvoso em outras regiões do País
De forma geral, na região Sudeste, a instabilidade predomina também em todo o Estado do Rio de Janeiro, no centro-sul do Espírito Santo e na zona da mata mineira. Segundo a Climatempo, o alerta para temporais e chuva mais persistente fica concentrado no litoral norte de São Pauloe nas áreas de divisa com o estado do Rio de Janeiro.
Na região Sul, o dia é com muita nebulosidade em todos os Estados e há condições para chuva em quase todas as localidades. No Centro-Oeste, áreas de instabilidade provocam muita nebulosidade e pancadas de chuva com raios são esperadas em quase toda a região.
Na região Norte do Brasil, o calor intenso predomina sobre o Tocantins e áreas ao centro-sul e leste do Pará. Nas demais áreas, são esperadas pancadas de chuva nesta quinta-feira.
Embora a previsão indique algumas pancadas de chuva na faixa litorânea desde o sul da Bahia até a região de Natal e também no litoral do Maranhão, o dia quente deve prevalecer em quase todo o Nordeste.
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