Tiroteio em Guarulhos feriu passageira, terceirizado do aeroporto e motorista de aplicativo

Uma das vítimas foi atendida e ouvida no local, enquanto outras duas foram encaminhadas para o Hospital Geral de Guarulhos

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Foto do author Ítalo Lo Re
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O tiroteio ocorrido na tarde desta sexta, 8, na área de desembarque do Terminal 2 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, resultou não só na morte do empresário Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, tido como o principal alvo do ataque, como também deixou outras três pessoas feridas: um motorista de aplicativo, um funcionário terceirizado do aeroporto e uma passageira que desembarcava no local.

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Até o início da noite, a informação é de que o quadro deles era estável. A mulher já havia sido inclusive liberada após passar por atendimento médico e ser ouvida pela polícia, enquanto os outros dois feridos foram encaminhados para o Hospital Geral de Guarulhos.

Como mostrou o Estadão, Gritzbach já havia feito delações em investigações sobre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e era ameaçado pela facção. Ele voltava de viagem do Nordeste com a namorada (que não teria ficado ferida ferida) quando foi atacado. A vítima também já havia sido acusada de ter mandado assassinar um líder da organização criminosa, o que ele negava.

Foram pelo menos 27 disparos, segundo a perícia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa Humana (DHPP) da Polícia Civil, que investiga o caso. Gritzbach foi atingido em várias partes do corpo, como cabeça, tórax e nos braços. O ataque ocorreu por volta das 16 horas.

Conforme o boletim de ocorrência, ao qual o Estadão teve acesso, o motorista de aplicativo, de 41 anos, foi alvejado nas costas, enquanto o funcionário terceirizado, de 39 anos, teve ferimentos na mão e no ombro. A mulher, de 28 anos, teria tido um ferimento superficial na região do abdômen.

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Empresário tinha cabeça a prêmio após delatar o PCC Foto: Italo Lo Re / Estadão

Segundo a investigação policial, Gritzbach era ex-diretor da Porte Engenharia e Urbanismo, uma das maiores construtoras da cidade, e já havia feito acordo de delação premiada, homologado pela Justiça em abril, com o Ministério Público Estadual. As negociações com os promotores duravam dois anos e ele já havia prestado seis depoimentos.

Na delação, falou sobre envolvimento do PCC, a maior organização criminosa do País, com o futebol e o mercado imobiliário. O empresário também deu informações sobre os assassinatos de líderes da facção, como Cara Preta e Django.

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Diferentemente do informado na versão anterior desta reportagem, apenas um dos feridos é motorista de aplicativo, segundo o boletim de ocorrência do caso.

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