Metrô de SP: como é a montagem do 1º trem do monotrilho até Congonhas; veja vídeo

Previsão é de que trabalho seja concluído em 30 de setembro; entrega da linha deve acontecer só no primeiro semestre de 2026

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

Cerca de 20 pessoas trabalham neste momento na montagem do primeiro trem da Linha 17-Ouro no Pátio Água Espraiada, na zona sul da capital paulista, segundo o governo do Estado. Os cinco vagões que compõem o trem e suas peças chegaram de navio da China em 9 de setembro e devem ter a montagem concluída até o dia 30. Depois, começarão as fases de testes da nova linha de metrô.

PUBLICIDADE

O trem foi fabricado pela empresa BYD Skyrail, assim como os próximos 13 que devem chegar ao Brasil nos próximos meses. Eles trafegarão no monotrilho ligando o Aeroporto de Congonhas ao Morumbi, ambos na zona sul de São Paulo, fazendo conexão com a Linha 5-Lilás e a Linha 9-Esmeralda e percorrendo 6,7 km de extensão operacional e oito estações.

A princípio seriam 18 estações, fazendo conexões também com as Linhas 4-Amarela e 1-Azul, mas dez estações foram cortadas do projeto após anos de atrasos nas obras e mudanças em contratos, incluindo troca da empresa responsável pela construção em 2023.

A obra foi prometida para a Copa de 2014 pelo então governador Geraldo Alckmin (então no PSDB). Agora o novo prazo de entrega da linha, pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) é no primeiro semestre de 2026.

Viga-guia e unificação de vagões

Nesta terça-feira, 24, os cinco vagões já se encontram sobre uma viga-guia para a unificação. Segundo o governo do Estado, cerca de 20 pessoas preparam a montagem, instalando redes de proteção nas portas, para garantir a segurança. Em seguida, elas aproximarão os vagões e instalarão os gangways (sanfonas de interligação entre os vagões).

Publicidade

Montagem do primeiro trem da Linha 17-Ouro acontece no Pátio Água Espraiada, na zona sul da capital. Etapa será concluída até 30 de setembro. Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

O processo de montagem envolve, posteriormente:

  • A colocação das tubulações de ar comprimido;
  • Instalação de sistemas de detecção e extinção de incêndio nos trens;
  • Instalação dos jumpers (conectores dos circuitos eletrônicos do trem) para iluminação, avisos sonoros, sinalização de abertura e fechamento de portas, câmeras de monitoramento e letreiros de informações dos carros;
  • Ajustes dos engates e conexão do sistema de freios;
  • Montagem das saias de proteção na parte inferior dos carros, cobrindo os pneus do trem e o conjunto de baterias.

“Após a finalização da montagem física, será iniciado o processo de testes estáticos, essenciais para verificar a conformidade do trem com os requisitos do projeto e do Metrô, garantindo que todos os sistemas funcionem como uma unidade integral. Após essa etapa, é possível iniciar os testes dinâmicos, que serão realizados nas vias já construídas no Pátio, testando a circulação do trem em diferentes velocidades.”

“Concluídas essas etapas, o veículo estará pronto para ser energizado e entrar na fase final de comissionamento, para a emissão do certificado de segurança para operação”, diz o governo.

Características do trem

O primeiro veículo da Linha 17-Ouro, assim como os próximos 13, tem 3,2 metros de largura e cerca de 30 de comprimento. É formado por cinco vagões, cada um com quatro portas (duas em cada lado) com 1,6 metros de largura, medida “adequada às normas e critérios de acessibilidade”.

Publicidade

Possui janelas panorâmicas e basculantes (aquelas que podem ser abertas em casos de emergência para garantir ventilação aos passageiros) e tem capacidade para 616 passageiros, com carros das extremidades menores, de 21 assentos cada, e intermediários maiores, de 24 assentos cada.

Todos os vagões incluem assentos prioritários e áreas para deficiente, segundo o governo do Estado. E assim como nas linhas 4-Amarela e 5-Lilás, os trens da Linha 17-Ouro também terão passagem livre entre vagões.

Sistema de ar-condicionado, iluminação LED, câmeras de vigilância, sistema de detecção e combate a incêndio e sistema de comunicação audiovisual aos passageiros, com mapa de linha dinâmico e intercomunicador para contato ao Centro de Controle Operacional (CCO), também constam no trem.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.