Uma idosa de 88 anos morreu no fim da tarde desta quarta-feira, 8, em decorrência das fortes chuvas que atingiram a cidade de São Paulo. O caso ocorreu na Rua Gaivota, em Moema, na zona sul da capital.
Nayde Pereira Cappellano teve uma parada cardiorrespiratória após o automóvel que conduzia, um Peugeot de cor preta, ficar submerso na enxurrada. Ela chegou a pedir ajuda, mas não foi socorrida a tempo.
Moradores da região que testemunharam a cena disseram que a motorista perdeu o controle do carro quando virou da Avenida Rouxinol para a Rua Gaivota. Ela estava voltando para casa, a poucos quarteirões dali.
O veículo, então, rodopiou e desceu até os arredores da esquina da Rua Gaivota com a Avenida Ibijaú, onde o fluxo da água estava ainda mais intenso. Nayde ficou presa por lá e não conseguiu sair do carro.
Moradores da região contam que, a princípio, pensaram que não tinha ninguém no carro. Depois, viram que havia uma senhora pedindo socorro. Quando conseguiram chegar até o veículo para retirá-la, já era tarde.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública informou que os policiais militares compareceram no endereço indicado e encontraram a idosa já sem vida dentro do carro. O Corpo de Bombeiros também foi até o local.
Foram solicitados exames periciais ao IC e ao IML e o caso, registrado como morte suspeita (morte acidental) no 27º DP.
A Prefeitura disse que a chuva desta quarta-feira foi “forte e concentrada, atingindo 67,2 mm na região de Moema”. “No mês de março se espera 177,6mm em toda a cidade, o que equivale a 38% da média esperada o mês inteiro. Equipes de zeladoria da Subprefeitura Vila Mariana estiveram hoje nos locais para dar prosseguimento aos serviços de limpeza e zeladoria iniciados ontem.”
De 1 de fevereiro a 7 de março, acrescentou a gestão municipal, as Avenidas Ibirapuera e Ibijaú, Rua Gaivota e Praça Mário Pontes Alves tiveram seus bueiros limpos 239 vezes. A administração destacou que, quando acontecem eventos com chuvas fortes como nesta quarta-feira, “a água escorre de outros locais para o bairro e encontra as águas endêmicas da região, o que sobrecarrega o sistema de águas pluviais e, em consequência, provoca alagamentos”. “Isso é ainda mais evidente ao observar que o fenômeno acontece e se dispersa rapidamente. A manutenção e zeladoria permanentes na região também garantem o escoamento rápido das águas da chuva.”
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