Viagem da Paulista até Santo Amaro fica 30% mais rápida pela Linha 5

‘Estado’ testou percurso a partir da Estação Brigadeiro, considerando as novas estações entregues neste mês

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SÃO PAULO - A viagem da região da Avenida Paulista até o bairro de Santo Amaro, na zona sul, fica cerca de 30% mais rápida para quem usa a nova ligação da Linha 5-Lilás do metrô com o restante da rede, aberta há uma semana. 

O Estado testou o percurso nesta sexta, 5, partindo da Estação Brigadeiro, da Linha 2-Verde, e fazendo simultaneamente a viagem por dois trajetos: um repórter foi pela Linha 4-Amarela, parando em Pinheiros, na zona oeste, e seguindo pela Linha 9-Esmeralda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) até Santo Amaro; e outro foi pela Linha 2-Verde até Chácara Klabin, na zona sul, onde pegou o trem da Linha 5-Lilás em direção ao mesmo destino. Pelo novo trajeto, a viagem durou 38 minutos. Pelo antigo, 50. Na hora, os aplicativos de navegação apontavam que, de carro, a viagem demoraria 47.

Estação Santo Amaro da linha 5-Lilás do Metrô Foto: Ana Paula Niederauer/Estadão

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“Eu vim testar esse caminho hoje, para ver se é mais rápido. Moro no Grajaú (na zona sul) e costumava ir até Pinheiros para chegar à Avenida Paulista”, disse a trompetista Jéssica Rodrigues, de 24 anos, que também estava testando a alternativa ontem. 

A ligação ainda funciona em horário experimental, de apenas cinco horas por dia (das 10 às 15 horas). A previsão com essa nova conexão é que, quando funcionar nos horários de pico, ela seja capaz de atrair pessoas que usavam a Linha 2, que passa na Avenida Paulista, pelo túnel que liga as Linhas 2 e 4 e é superlotado. Também deve reduzir o número de usuários da Estação Pinheiros, também bastante cheia. 

A reportagem ainda testou um trajeto até a Praça da República, no centro velho, partindo de Santo Amaro. Ali, quem vai pelo trajeto antigo tem a vantagem de fazer uma conexão a menos do que quem opta por seguir pela Linha 5-Lilás (que é interligada às Linhas 1-Azul e 2-Verde). Mesmo assim, o tempo de viagem foi quase idêntico: 45 minutos pelo trajeto antigo e 47 pela nova conexão.

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Quem mora no centro e vem testando o novo trajeto está preferindo a conexão da Linha 5. “De porta a porta, da minha casa até o trabalho, levava uma hora. Agora, demoro o mesmo tempo, mas, nos trens da Linha 5, a viagem é melhor. Eles estão vazios”, disse o bancário João Paulo da Silva, de 53 anos. “Mas eu sei que não vai ser sempre assim. Essas estações de metrô demoram tanto que, quando abrem, já estão lotadas”, afirma Silva, que diz acreditar que, com a entrada em operação da linha nos horários comuns (das 4h40 à meia-noite), o trem deixará de ficar vazio. 

Inaugurações. Para fazer essas novas conexões, o Metrô inaugurou neste ano seis estações da Linha 5: Eucaliptos, Moema, AACD-Servidor, Hospital São Paulo e as conexões das Estações Santa Cruz e Chácara Klabin. A linha ainda tem uma estação em obras, a Campo Belo, que tem conclusão prevista para dezembro. A Linha 5 teve as obras iniciadas em 1998 e o primeiro trecho, entre Capão Redondo e o Largo 13, em Santo Amaro, foi aberto em 2002. O segundo trecho tinha promessa original de abertura em 2014, mas a obra sofreu diversos atrasos, até por suspeitas de ação de cartel. 

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