Veja vídeo do momento do acidente com Porsche que matou motorista de aplicativo em SP

Condutor do carro de luxo é procurado pela polícia após deixar local do acidente, na Av. Salim Farah Maluf; defesa diz que ele está em ‘estado de choque’. Vítima foi enterrada nesta segunda

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Foto do author Gonçalo Junior
Atualização:

Câmeras de segurança flagraram o momento do acidente em que um Porsche 911 Carrera GTS bate em um Renault Sandero na Avenida Salim Farah Maluf, na região do Tatuapé, zona leste de São Paulo, na madrugada de domingo, 31.

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Segundo a Polícia Civil, o carro de luxo, avaliado em cerca de R$ 1 milhão, era conduzido pelo empresário Fernando Sastre de Andrade Filho, de 24 anos. Ele está sendo procurado por homicídio culposo e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor e fuga do local do acidente. O condutor do outro veículo, um motorista de aplicativo de 52 anos, não resistiu à colisão.

O motorista de aplicativo, Ornaldo Viana, de 52 anos, que conduziu o Sandero, chegou a ser socorrido com um quadro de parada cardiorrespiratória e encaminhado ao Hospital Tatuapé. Ele morreu por causa de “traumatismos múltiplos”.

Andrade Filho se apresentou à polícia na tarde desta segunda. A advogada Carine Acardo Garcia, que defende o motorista da Porsche, afirmou que ele se encontra em “estado de choque”.

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Pelas imagens, é possível perceber a violência da colisão, que leva os dois carros para o canteiro da avenida. Um deles bate no poste de luz, o que provoca a queda imediata de energia elétrica no quarteirão.

Conforme relato feito por testemunhas à Polícia Civil, o empresário do carro de luxo seguia em alta velocidade pela avenida, que tem limite de 50 km/h. Ao fazer a ultrapassagem, ele teria perdido o controle do Porsche e batido contra a traseira do Sandero branco. As circunstâncias do acidente estão sendo investigadas pela Polícia Civil.

Andrade Filho teve ajuda da mãe para deixar a área do acidente. No registro da ocorrência, policiais que atenderam o caso afirmam que a mãe do empresário foi até a o local e disse que levaria o filho ao Hospital São Luiz, no Ibirapuera, zona sul, para tratar de um ferimento na boca.

Quando os agentes foram até ao hospital para fazer o teste do bafômetro e colher sua versão do acidente, eles não encontraram nenhum dos dois.

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Policiais civis ouvidos pela reportagem sob sigilo disseram que os policiais militares demoraram quase cinco horas para comunicar o acidente com morte à delegacia.

O ouvidor Claudio Silva disse à reportagem do Estadão que a Ouvidoria da Polícia Civil irá acionar a Corregedoria da Polícia Militar ainda nesta segunda-feira, 1, para apurar a conduta dos agentes.

A pasta afirma que vai analisar a “dinâmica da ocorrência para identificar eventual erro de procedimento operacional”. A secretaria não precisou quanto tempo levou entre a chegada da PM ao local e o registro da ocorrência.

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