1. Tem crescido a adesão a esse tipo de exame? Quais as implicações éticas? Oferecemos (na USP) quase cem testes genéticos, mas somente para recém-nascidos que têm algum problema, não para os bebês saudáveis. Para doenças para as quais há tratamento, é fundamental o teste o quanto antes.
2. Esses exames podem causar uma ansiedade desnecessária? Somos a favor se as doenças aparecem na primeira infância ou se os pais têm risco de ter outros filhos com problema.
3. O teste genético tem um alcance maior do que outras metodologias? Sim. Há testes bioquímicos em que o defeito aparece (no exame) logo ao nascer, como fenilcetonúria, hipotireoidismo ou outras em que, logo ao nascer, não há o defeito bioquímico. Além disso, o teste genético é o único que permite saber se há risco de repetição dos problemas para outros filhos.*É geneticista e pesquisadora da USP