PUBLICIDADE

Alzheimer: Japão autoriza comercialização de teste sanguíneo para detectar a doença

Exame pretende ser menos invasivo do que outros métodos de diagnóstico; empresa quer ofertar produto ‘o mais rápido possível’

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

Tóquio - A comercialização de um teste para detectar Alzheimer a partir de um simples exame de sangue foi aprovada no Japão, anunciou seu fabricante nesta quinta-feira, 22, um avanço raro no combate à doença neurodegenerativa generalizada.

Em uma declaração, a empresa japonesa Sysmex Corporation disse que pretende lançar o teste de diagnóstico minimamente invasivo no mercado japonês “o mais rápido possível”. Segundo a Sysmex, seu sistema mede em pouco mais de um quarto de hora o nível de acúmulo de proteína beta-amiloide no sangue, um dos principais biomarcadores da doença de Alzheimer.

O exame de sangue para diagnóstico de Alzheimer de forma minimamente invasiva deve chegar ao mercado japonês “o mais rápido possível” afirma fabricante Sysmex Corporation Foto: Herton Escobar/Estadão

PUBLICIDADE

Outros métodos estão disponíveis para diagnosticar a doença de Alzheimer, mas geralmente são caros e invasivos, como imagens do cérebro e a punção lombar para extrair líquido cefalorraquidiano (LCR), visto que é crucial detectar o Alzheimer o mais cedo possível para tentar retardar a progressão da doença.

Outros exames de sangue estão sendo desenvolvidos em outras partes do mundo ou estão aguardando autorização de comercialização. “Ferramentas de diagnóstico simples, baratas, não invasivas e facilmente acessíveis são urgentemente necessárias” para melhorar a detecção precoce do Alzheimer, diz a Associação Alzheimer, sediada nos EUA, em seu website.

No futuro, os exames de sangue “muito provavelmente revolucionarão o processo de diagnóstico do Alzheimer e todas as demências”, de acordo com a organização.

A doença de Alzheimer permanece incurável até hoje, mas em novembro, dados clínicos adicionais confirmaram o potencial de um novo medicamento, o lecanemab, para retardar significativamente o declínio cognitivo dos pacientes tratados durante 18 meses.

Mais de 55 milhões de pessoas no mundo sofrem de demência, um número que deve aumentar para 130 milhões até 2050, conforme aumenta a expectativa de vida, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A doença de Alzheimer é responsável por 60 a 70% dos casos./AFP

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.