A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou ter recebido o pedido de uso emergencial do Paxlovid, tratamento oral contra a covid-19 da Pfizer. O prazo de avaliação da agência é de 30 dias. Durante o período, a Anvisa vai avaliar estudos que demonstram a capacidade da pílula em reduzir mortes e hospitalizações.
Ainda em 19 de janeiro deste ano, a agência e o laboratório realizaram uma reunião de pré-submissão. Nas primeiras 24 horas de análise, será feita triagem do processo e, caso faltarem “informações importantes”, o órgão pode solicitá-las à empresa.
Em nota, a Pfizer Brasil disse que a disponibilidade do medicamento no País depende da aprovação da Anvisa e do andamento das negociações com o Ministério da Saúde para um possível acordo de compra.
A empresa brasileira também lembrou que a projeção de produção da Pfizer Inc é de 80 milhões a 120 milhões de doses do tratamento até o final deste ano. Aos menos 10 milhões estão prometidos para os Estados Unidos.
A empresa informou também que elevou sua projeção de produção. De 80 milhões tratamentos, agora, com novos investimentos, pretende manufaturar 120 milhões em 2022.
A Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora americana equivalente à Anvisa, autorizou o uso emergencial da pílula da Pfizer em dezembro do ano passado. A recomendação de administração do Paxlovid foi para pacientes adultos e pediátricos (maiores de 12 anos com ao menos 40kg) com covid que tenham alto risco de desenvolver quadros graves da doença.
Segundo a farmacêutica, o Paxlovid reduz em 89% o risco de internação e morte em decorrência da doença entre os adultos mais vulneráveis ao vírus, tratados dentro de três dias após o início dos sintomas. Para aqueles que receberam o tratamento após cinco dias dos sintomas, a redução de risco de hospitalização e morte fica em 88%. Em análise intermediária, a taxa foi de 85%. Conforme a farmacêutica, testes em laboratórios indicaram que o produto funciona contra a variante Ômicron.
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