BRASÍLIA - Áreas consideradas de maior risco para febre amarela continuam exibindo níveis de cobertura vacinal abaixo do que seria considerado seguro. Apesar de a epidemia já estar em seu terceiro mês e de anúncios de reforço de vacinação terem sido realizados, áreas prioritárias ainda têm menos de 80% da sua população vacinada.
De acordo com dados do Ministério da Saúde, em Minas Gerais, Estado que concentra a maior parte dos casos, 74% da população que reside em área considerada de maior risco está protegida contra a doença. Houve um avanço em relação a janeiro, quando a cobertura atingia 53,43%.
Mesmo assim, não há ainda como se dizer que há uma situação de segurança no Estado. Em São Paulo, em regiões onde a vacina é recomendada, a cobertura atinge agora 72,48%. "Em algumas cidades, esses indicadores já estão melhores, como a região de Rio Preto, Botucatu e Franca.
"Mas o esforço para atingir os 80% ainda continua", afirmou o coordenador de Controle de Doenças da Secretaria de Saúde de São Paulo, o infectologista Marcos Boulos. De acordo com ele, a faixa de 80% é considerada ideal para ofertar à população um nível melhor de proteção contra a doença. "Mas nossos números estão bons nas áreas de risco. Tanto é que conseguimos exibir indicadores baixos de transmissão humana da doença", completou.
Na Bahia, as cidades consideradas de risco apresentam agora 72% da população vacinada. No Espírito Santo, que até 2016 era considerado área livre de risco para febre amarela e, justamente por isso, não ofertava a vacina na rotina para sua população, o porcentual de vacinação é de 58%.
No Rio, Estado que ainda não tem nenhum caso comprovado da doença mas que, em virtude da decisão da Secretaria Estadual de Saúde vai passar a imunizar toda sua população, tem atualmente um índice vacinal de 10%.
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