As 7 melhores dicas para proteger a saúde mental e levar uma vida mais feliz

Mesmo mudanças relativamente simples na rotina ou na mentalidade podem ter efeitos positivos e significativos na saúde mental

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Por Richard Sima

THE WASHINGTON POST – A vida pode ser estressante, para dizer o mínimo. Em meio ao barulho e à pressa, muitas vezes é difícil cuidar da saúde mental. Mesmo mudanças relativamente simples e pequenas na rotina ou na mentalidade podem ter efeitos positivos e significativos na saúde mental e no bem-estar, tanto a curto quanto a longo prazo.

Aqui estão sete de nossas melhores dicas cerebrais para uma vida mais saudável e feliz em 2024.

1. Pare e ouça os pássaros

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Dê um passeio e aprecie as cores e os sons dos pássaros. Ou peça ao seu alto-falante inteligente para tocar cantos de pássaros.

Pesquisas vêm mostrando consistentemente que a interação com a natureza está associada a mais saúde do corpo e do cérebro. Nossos amigos emplumados parecem ser uma fonte especial desses benefícios curativos. Eles estão em quase todos os lugares e proporcionam uma maneira de nos conectar com a natureza. E mesmo que estejam escondidos nas árvores ou na vegetação rasteira, ainda podemos nos deleitar com suas canções.

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Outro estudo descobriu que ouvir áudios curtos – apenas seis minutos – do canto dos pássaros pode reduzir a ansiedade, a depressão e a paranoia em participantes saudáveis.

Se não der para passear e ouvir os pássaros, escutar áudios curtos com sons da natureza já traz benefícios Foto: tirachard/Adobe Stock

2. Cuide dos dentes e das gengivas

Escove os dentes e use fio dental, desde cedo e com frequência.

Evidências crescentes sugerem que o que se passa na boca pode afetar o que se passa no cérebro. Mais pesquisas são necessárias, mas estudos sugeriram que a saúde bucal pode ser um fator de risco modificável para demência.

3. Inspire-se nos “superidosos”

Exercite o corpo, coma alimentos ricos em fibras, mantenha uma vida social ativa e faça coisas difíceis. Estes são alguns dos hábitos dos “superidosos”. São as “Betty Whites do mundo”, diz Emily Rogalski, neurocientista cognitiva da Escola de Medicina Feinberg da Universidade Northwestern.

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Rogalski fez parte da equipe de pesquisa que cunhou o termo Superidosos [SuperAgers] quinze anos atrás. O termo descreve pessoas com mais de 80 anos cuja memória é tão boa quanto a de gente vinte a trinta anos mais jovem – ou até melhor.

O que os pesquisadores estão aprendendo com os Superidosos pode nos levar a descobrir novos fatores de proteção no estilo de vida, na genética e na resiliência para mudanças comuns que surgem com o envelhecimento. Chegar a ser um Superidoso provavelmente tem pelo menos um pouco a ver com a loteria genética, mas nossas escolhas de estilo de vida – alimentação, exercícios, conexões sociais e disposição para encarar novos desafios – também podem fazer a diferença em nossa saúde cognitiva à medida que envelhecemos.

4. Faça cinco minutos de exercício respiratório

Pratique respiração cíclica durante cinco minutos por dia. Inspire lentamente pelo nariz para começar a expandir os pulmões. Inspire novamente para encher os pulmões ao máximo. Agora, expire lenta e completamente o ar pela boca.

Os exercícios de respiração nos permitem desacelerar conscientemente a respiração. E pesquisas mostram que podem melhorar não apenas o humor, mas também a fisiologia, induzindo um estado físico mais relaxado. A respiração cíclica pareceu ser particularmente eficaz entre diferentes exercícios respiratórios e melhor do que a meditação de atenção plena, relata um estudo recente.

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5. Tome medidas para reduzir a inflamação

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A exposição prolongada a agentes inflamatórios no sangue pode quebrar a barreira entre o corpo e o cérebro, causando neuroinflamação e alterando circuitos neurais importantes, dizem os pesquisadores. Em pessoas com risco de depressão, a inflamação pode ser um gatilho para o distúrbio.

Pacientes com depressão devem procurar orientação de um médico ou terapeuta. E o uso regular de anti-inflamatórios pode ser arriscado. Mas há coisas que todo mundo pode fazer para diminuir a inflamação no corpo sem tratamentos medicamentosos.

Seu médico pode solicitar um exame de sangue para proteína C reativa para medir o nível de inflamação. E já se demonstrou repetidas vezes que os exercícios físicos têm efeitos anti-inflamatórios. Experimente moderar nos carboidratos ou seguir uma dieta mediterrânea rica em vegetais. Converse com seu médico se tiver distúrbios do sono, o que aumenta o risco de inflamação sistêmica e depressão.

6. Abrace e dê as mãos

Com apenas um abraço, um carinho ou um leve aperto de mão podemos aproveitar o poder do toque social.

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O toque social é tão importante para nosso bem-estar que a pele tem células específicas para detectá-lo. Nossa pele nos dá o poder do tato discriminativo, que nos permite sentir a pressão, a textura e a vibração dos objetos. Mas a pele também tem sensores conhecidos como fibras C-táteis ou aferentes, que são especificamente sensíveis ao toque social das pessoas e ao carinho de um ente querido.

Estudos mostram que o toque social é essencial para nosso bem-estar mental e pode reduzir o estresse e a dor, ao mesmo tempo em que nos ajuda a criar laços com as outras pessoas.

7. Deixe sua mente viajar

O chuveiro é um lugar maravilhoso para deixar a mente viajar. Em meio aos vapores e espumas, um bom banho pode relaxar não só o corpo, mas também a mente, liberando fluxos de consciência, clareza e criatividade. É o chamado “efeito chuveiro”, mas também pode ocorrer fora do chuveiro. Muitos dos nossos melhores pensamentos não acontecem no trabalho ou na escola – mas sim enquanto cuidamos dos afazeres do dia a dia, com ideias incubadas em segundo plano.

Em um estudo de 2019, 98 escritores profissionais e 87 físicos registaram sua ideia mais criativa todos os dias, bem como o que estavam fazendo e pensando quando a tiveram. Embora a maioria tenha ocorrido no trabalho, 20% das ideias mais significativas surgiram enquanto eles faziam outra coisa – como lavar pratos ou tomar banho. / TRADUÇÃO DE RENATO PRELORENTZOU

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